"Desgraçada! Maldita! Sevandija!". Diria o Prates.
Quem criou a estabilidade no serviço público não conhece nada de administração de empresas, estabilidade é igual a baixa produtividade.
...Trata-se de um "benefício" extremamente maléfico para a máquina pública, gera desmotivação, acomodação e insubordinação. Chega! Acabem com a instabilidade e meçam as consequências a curtíssimo prazo. Cabe aqui relembrar aquela história do cesto de maçãs, a podre geralmente vai infectar as demais, acredite: é isto mesmo que ocorre na vida real, excetuando-se aí pouquissímas exceções.
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Junho de 2007: Após inúmeras tentativas do governo estadual, finalmente foram exonerados funcionários que haviam sido admitidos no serviço público através de contratações, sem a exigência de concurso público. No Hospital Governador Celso Ramos, naquela época, trabalhavam 1352 servidores, destes 438 contratados que "embarcaram" nos Trens da Alegria em épocas de eleições, alguns destes "passageiros" possuiam contratos que já duravam cerca de 20 anos.
O dia seguinte a saída de aproximadamente 32% do material humano do hospital foi um caos completo. Filas e mais filas, correria e protestos sem fim.
Passadas duas semanas das exonerações o clima no hospital nem de longe lembrava o caos do dia seguinte, aliás parecia que o fluxo funcionava melhor do que nunca. Pacientes e documentos circulavam por menos mesas e a saída dos intermediários inúteis fazia com que os servidores circulassem mais pela estrutura do hospital. Resumindo: aqueles 30% a mais eram 'gordura'.
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Hoje ainda possuímos alguma gordura para gastar, mas a estabilidade impede que enxuguemos a máquina. O simples fato de tocar no assunto fim da estabilidade parece doer nos ouvidos dos mais acomodados e gerar promessas de greve caso o assunto seja levado à sério. Será que estes rebeldes sem causa não entendem que na verdade é tudo uma questão de lógica?
Estabilidade->menor produtividade->mais servidores->maior custo com a máquina pública->mais impostos->menos dinheiro no bolso da população->desaquecimento da economia->salários baixos
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Vivemos num mundo capitalista, competitivo e globalizado (clichêzinho não?), mas o serviço público vive numa outra realidade, um mundo socialista, acomodado e provinciano. Por isso minha gente me atirem pedras, mas sou completamente favorável ao fim da estabilidade no serviço público em todas as instâncias.