terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Maldita Estabilidade


"Desgraçada! Maldita! Sevandija!". Diria o Prates.

Quem criou a estabilidade no serviço público não conhece nada de administração de empresas, estabilidade é igual a baixa produtividade.
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Trata-se de um "benefício" extremamente maléfico para a máquina pública, gera desmotivação, acomodação e insubordinação. Chega! Acabem com a instabilidade e meçam as consequências a curtíssimo prazo. Cabe aqui relembrar aquela história do cesto de maçãs, a podre geralmente vai infectar as demais, acredite: é isto mesmo que ocorre na vida real, excetuando-se aí pouquissímas exceções.

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Junho de 2007: Após inúmeras tentativas do governo estadual, finalmente foram exonerados funcionários que haviam sido admitidos no serviço público através de contratações, sem a exigência de concurso público. No Hospital Governador Celso Ramos, naquela época, trabalhavam 1352 servidores, destes 438 contratados que "embarcaram" nos Trens da Alegria em épocas de eleições, alguns destes "passageiros" possuiam contratos que já duravam cerca de 20 anos.

O dia seguinte a saída de aproximadamente 32% do material humano do hospital foi um caos completo. Filas e mais filas, correria e protestos sem fim.

Passadas duas semanas das exonerações o clima no hospital nem de longe lembrava o caos do dia seguinte, aliás parecia que o fluxo funcionava melhor do que nunca. Pacientes e documentos circulavam por menos mesas e a saída dos intermediários inúteis fazia com que os servidores circulassem mais pela estrutura do hospital. Resumindo: aqueles 30% a mais eram 'gordura'.

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Hoje ainda possuímos alguma gordura para gastar, mas a estabilidade impede que enxuguemos a máquina. O simples fato de tocar no assunto fim da estabilidade parece doer nos ouvidos dos mais acomodados e gerar promessas de greve caso o assunto seja levado à sério. Será que estes rebeldes sem causa não entendem que na verdade é tudo uma questão de lógica?


Estabilidade->menor produtividade->mais servidores->maior custo com a máquina pública->mais impostos->menos dinheiro no bolso da população->desaquecimento da economia->salários baixos

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Vivemos num mundo capitalista, competitivo e globalizado (clichêzinho não?), mas o serviço público vive numa outra realidade, um mundo socialista, acomodado e provinciano. Por isso minha gente me atirem pedras, mas sou completamente favorável ao fim da estabilidade no serviço público em todas as instâncias.


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Investigando os investigadores

- Tais sabendo da novidade na Operação Satiagraha?
- Tô por fora, qual é?
- Agora estão investigando os investigadores, os principais réus são o Protógenes e o Fausto de Sanctis.
- Sério? Qual o motivo?
- Até agora não souberam dizer ao certo, apenas informaram que eles serão "revirados pelo avesso".
- E o Daniel Dantas?
- Parece que já está em casa, a justiça o concedeu habeas corpus.
- A justiça?
- É...a justiça.
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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Amarelo ouro?


Caramba.


Posso estar sendo exigente demais, mas acredito que um país enorme territorialmente como o nosso, com uma população de 190 milhões de bacuris e com uma quadrinha de esportes em cada escola pública deveria apresentar um resultado mais digno nas Olimpíadas. Desculpem o trocadilho escroto mas é realmente uma Olimpiada.


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Não venham me dizer que falta investimento porque até a Romênia consegue um resultado mais expressivo. Agora me diz: Que investimento maciço faz a Romênia no esporte? O Brasil é um país de amarelões. A cor da nossa camisa nos caí muito bem.


Quando somos favoritos esta constatação se torna ainda mais evidente. Falou em favoritismo brasileiro treme. Vou sim enaltecer o Phelps aqui (espero que eu não queime minha língua), o cara é favorito disparado a conquista de 8 medalhas de ouro e nem por isso demonstra o medo que podia ser visto no olhar do João Derly, por exemplo, que 'apenas' deveria defender o título mundial que ganhou após 8 ippons. Acho que descobri nosso problema: o evento não pode ser televisionado.


Se a Olimpíada for realizada no Brasil em 2016 (duvido muito, ainda mais na Bogotá brasileira) sugiro que não seja televisionada, assim conseguiremos atingir o nível da fabulosa nação romena.

domingo, 3 de agosto de 2008

Bom Momento

Registro hoje a minha extrema felicidade de poder acompanhar um dos melhores momentos do futebol profissional florianopolitano na história. Sem falsas demagogias e bairrismos entendo este processo como importante para o desenvolvimento da própria cidade e da ampliação da sua "marca" em território brasileiro e mundial. Quem diria 10 anos atrás que poderíamos hoje estar pleiteando uma vaga como cidade-sede da Copa do Mundo de 2014?

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Figueirense e Avaí (ou Avaí e Figueirense como queiram) necessitam um do outro. Esta relação de amor e ódio é primordial para o crescimento de ambos, a velha concorrência. Devo admitir que o 'start' para este incremento do futebol ilhéu foi dado pela conquista da Série C pelo Avaí em 1998, a partir deste fato o co-irmão acordou e através de uma gestão profissionalizada tornou-se uma potência do futebol brasileiro com participações relevantes nos últimos 7 Campeonatos Brasileiros da primeira divisão, além de finalista da Copa do Brasil de 2007 e participante de algumas edições da Copa Sulamericana.
Hoje o coelho da corrida de cães é o Figueirense, mas amanhã esta situação poderá inverter-se. Mesmo na divisão de acesso à elite o Avaí exerce, através de bons resultados, certa influência sobre a pressão por bons resultados de seu rival. No meu ponto de vista esta relação é saudável para o futebol florianopolitano, logicamente que aliada a investimentos contínuos e gerência profissional de ambas as partes.
Três de Agosto de 2008 marquem esta data: O Avaí caminha a passos largos para um sonhado acesso à Série A do campeonato nacional, pois é integrante do grupo dos quatro melhores times da segundona (prometo não usar o chavão G4 aqui), e o Figueirense parece ter encontrado novamente o caminho para a briga por uma vaga à Taça Libertadores da América.
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Lembro do tempo no qual o maior orgulho da dupla da capital era conquistar o Campeonato Catarinense ou ainda a 'fantástica' Copa Santa Catarina, dessas memórias não tenho saudades.
Torço sim pelo clássico manézinho na Série A, bom para os torcedores e para os times, melhor para a nossa cidade.