quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Político X Estadista

"Um político pensa na próxima eleição, um estadista na próxima geração."


James Clark


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Acredito ser uma imensa demonstração de ignorância quando alguém fala que detesta política. Isto porque penso que política se faz todos os dias, talvez quando na representação de suas próprias vontades ou até na afirmação de interesses familiares, a famosa "política da boa vizinhança".Todos os indivíduos que se relacionam socialmente, ao meu ver, são agentes políticos ativos, o que os diferencia são as amplitudes das suas ações e a influência destas sobre a vida dos outros indivíduos.


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James Clark na frase que inicia esse texto faz uma diferenciação simples, mas necessária. O agente político público, seja de esquerda ou de direita, pode se consolidar como um catalisador de transformações históricas ou apenas um "papa-voto". Este último tipo de representante é na verdade um matemático, direciona suas ações voltado para a arrecadação de "confiança", calcula o impacto de suas falas contabilizando ganhos e perdas. E esse, infelizmente, é o perfil de político que prevalece na, ainda jovem, democracia brasileira, pautada num sistema eleitoral que a torna, por demais, eleitoreira e não politizada

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O estadista, em contraponto ao político, sabe que o sacríficio de uma eleição é uma troca justa por um mandato que será reconhecido no futuro. Ele não tem medo de tomar decisões impopulares, corta da própria carne e sabe dizer um não com extrema graciosidade ao conhecer profundamente seus contra-argumentos. Cria inúmeros inimigos, é verdade, mas aproxima pessoas com a mesma mentalidade com muita facilidade. O estadista consegue fazer com que seus sonhos sejam incorporados por outras pessoas, que sem troca-troca, passam a almejar o mesmo objetivo. Ele se ampara em projetos, mas sabe tomar decisões emergenciais trazendo a responsabilidade para si quando necessário. Não congela-se numa ideologia, mas deixa transparecer uma linha de pensamento clara no comando do seu governo. Dá um norte.

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O político passa, o estadista permanece.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Marxismo



"Eu nunca faria parte de um clube que me aceitasse como sócio".



Groucho Marx

domingo, 20 de novembro de 2011

Jornalismo?

Como tem se tornado costume a Rede Brasil Sul de Comunicações equivoca-se e lança matéria no ar sem a devida verificação dos fatos. O diferente neste caso foi o tempo de exposição do erro cometido, provavelmente cobrado por via judicial pela parte lesada pela irresponsabilidade jornalística desta emissora.

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Após anunciar em chamadas sensacionalistas no seu Jornal do Almoço que uma concessória de automóveis de Florianópolis havia vendido carro usado como se fosse novo a cliente, a rede de televisão foi informada que a história não era bem assim. Recuou e teve que divugar matéria esclarecendo os fatos, incluindo documentos oficiais (e não oficiosos) e carta de repúdio da empresa frente ao dano causado a sua imagem devido a repercussão negativa advinda da matéria apresentada no períodico da RBS.

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Esse tipo de jornalismo irresponsável, que ataca sempre amparado pela "liberdade de imprensa", não pode continuar a prosperar. Ao ler os jornais desconfie, principalmente em matérias de cunho extremamente sensacionalista.

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Assista no site do Clicrbs a matéria divulgada no dia 19/11/2011 com retratação sobre o caso divulgado e não checado:

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

(In)felicidade alheia

Li uma tirinha que achei inteligentíssima hoje. Basicamente apresentava uma sereia que dizia o seguinte: - Conquistei riqueza, respeito, possuo saúde, sou inteligente e bem relacionada. No quadro seguinte ela parava e refletia, no posterior saía-se com essa: - Agora como vou impedir os outros de alcançarem isso?

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O pensamento incluído nessa simples tirinha, infelizmente, reflete o pensamento de boa parte da população. Depois que meu objetivo está completo, danem-se os outros, ou melhor, danem-se os outros que não me circundam, pois assim não vou deixar de poder tirar uma "casquinha" dessa felicidade. Mas não muito, não quero ninguém próximo muito mais feliz que eu.


Pensamento pobre não?

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O contrário também acontece e não é menos raro:

-Não penso muitas vezes em alcançar mais conquistas, dá trabalho, vou ter que manter a excelência, vou ser sempre cobrado pelo resultado que já obtive no passado, etc, etc... Mais fácil é torcer que quem está por cima "desça" o mais rápido possível, assim somente as fraquezas daquele estarão expostas e nós ficaremos do "mesmo nível".


Pergunto: estou mentindo ou existem pessoas assim à nossa volta? São poucas ou numerosas? "Me diga com quem andas e eu te direi quem és", ditado que nunca envelhece.

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Hoje durante o anúncio da nova política salarial dos servidores públicos do executivo catarinense observei, na prática, manifestações do que chamo de (in)felicidade alheia. Não julgo ninguém por considerar a proposta realizada insuficiente, mas propor a retirada de valores dos vencimentos de outros servidores de outras esferas para uma "divisão mais igualitária" me soou socialista demais. Ao meu ver o socialismo é o sistema que, de forma mais clara, evidencia o termo (in)felicidade alheia e, pior, através de uma política pública de "igualdade". Premia a cigarra em detrimento da formiga.

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Não é justa a divisão do orçamento para os poderes, não é cabível a disparidade dos vencimentos entre os servidores, não é amigável a diferença dos valores dos vales-alimentação das diversas pastas e poderes que compõe o rol de servidores públicos estaduais? Talvez a resposta para estas perguntas seja um sonoro não, mas atacar aqueles que conquistaram essas benesses sem argumentos suficientes para requerer o mesmo para si próprio é, no minímo, desespero de despreparados.

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Já defendi aqui diversas vezes e o farei quantas vezes for necessário: a mudança se faz de dentro para fora e não o inverso. Os descontentes são, normalmente, deficientes, se não o fossem não brigariam por migalhas, pegariam sua "viola" e iriam tocar modas em outros terrenos. Ninguém é obrigado a trabalhar "muito" por "pouco", a escravidão já é finda há pelo menos um século, quem não se sente à vontade pode a, qualquer, momento pedir demissão, não o fazem por dois motivos principais: covardia ou falta de empregabilidade.

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As cigarras são minoria, mas fazem um barulho...
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Sonho com uma sociedade mais justa sim, onde a felicidade coletiva prevaleça e na qual cada um tenha bem claro o conceito de suficiência frente ao que trabalham para ampliá-la.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Zona de Conforto 2

"Não há algo mais difícil nem de êxito mais duvidoso ou perigoso do que iniciar-se uma nova ordem das coisas, porque o reformador tem inimigos em todos aqueles a quem a ordem antiga beneficia e somente tímidos defensores naqueles que poderão tirar proveito da nova ordem.


Esta fraqueza nasce parcialmente do medo dos adversários e parcialmente da incredulidade dos homens que não acreditam em algo novo senão depois de uma firme experiência."

Maquiavel

Zona de Conforto

Difícil enxergá-la, muito mais difícil é superá-la.

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Seja em nossas relações sociais, ou ainda na vida profissional, vez ou outra nos vemos em situações que requerem escolhas, decisões complicadas que podem encerrar ciclos e demontrarem-se equivocadas após um tempo. A grande verdade é que o mundo é dividido entre as pessoas que fazem a diferença e aquelas que vêem as pessoas que fazem a diferença agir. A grande questão é saber de qual lado você está e o quanto está disposto a arriscar para alcançar a realização plena

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Não siga fórmulas existentes, mesmo que timidamente, faça do seu jeito, imprima suas idéias nas suas ações, preencha lacunas de poder e lidere a transformação do bem. Muitos personagens históricos morreram pobres de posses, mas sempre serão lembrados por sua bravura e por sua atitude corajosa em momentos difíceis. Não prego aqui a pobreza, prego a realização plena, portanto financeira e pessoal.

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Para tanto é necessário, primeiramente, enxergar até onde estão estabelecidas suas zonas de conforto. Exemplo: quanto tempo permaneço no mesmo emprego? Se a resposta passar de cinco anos é necessário ligar o sinal de alerta. Há quanto tempo não lidero ou participo de um projeto de mudança, de quebra de paradigmas? Tenho sinceros questionamentos sobre a validade da estabilidade do servidor público como ponto benéfico para estes, muitos se aposentam muito antes da data fixada por seus setores de gestão de pessoas, outros "morrem" ainda vivos, vendo a vida passar durante seus olhos, sem saber ao certo quanto seu trabalho influencia na vida das outras pessoas. Para estes a zona de conforto virou a zona de sobrevivência.

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Também nas relações não devemos deixar a zona de conforto parecer uma marcação longíqua, sendo necessárias revisões devem ser feitas, novas sensações devem ser testadas e, medidas, mesmo que mal vistas ao primeiro olhar podem aproximá-lo da real felicidade. Nossa sociedade, com todos os seus problemas atuais, é mais liberal, algumas barreiras foram quebradas e a felicidade pessoal pesa muito mais que o comodismo advindo de um relacionamento já estruturado. Mais valem dois felizes separados que dois infelizes unidos.

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Clichê: "Antes a amargura da derrota do que a vergonha de nunca ter lutado".

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Keep Askin'






Keep Askin' (Continuo a perguntar)
Citizen Cope

Continuo a perguntar
Quanto tempo vai durar o meu amor (sempre)
Continuo a perguntar
Por quanto tempo os meus dias vão passar (sempre)
Continuo a perguntar, eu e meu amor
Continuo a perguntar, por ajuda dos céus

Chega uma hora e um lugar no qual você decide viver dia após dia
Onde, de país para país e de estado para estado, todos tem seus líderes
Sobre os quais todos jogam todo o seu peso

Outra mãe perdeu outra criança hoje
Aposto que amanhã vai ser como foi ontem
Aposto com você o dobro, que algumas pessoas enfurecidas
Irão para esquinas com suas vozes anunciar o dia do julgamento

Continuo a perguntar
Quanto tempo vai durar o meu amor (sempre)
Continuo a perguntar
Por quanto tempo os meus dias vão passar (sempre)
Continuo a perguntar, eu e meu amor
Continuo a perguntar, por ajuda dos céus