terça-feira, 24 de março de 2009

40 graus na Terra do Cacau

Alguns dias atrás Cacau Menezes defendeu o incentivo as carreiras ligadas a engenharia como uma saída para o crescimento do país em tempos de crise global. Além disso este incentivo, segundo o mesmo, geraria o fim da dependência atual da criação de novos cargos públicos para serem acomodados os "excedentes" graduados em Administração e Direito.
Utilizou uma estatística fajuta da China (disse que um terço dos formandos chineses seguem carreiras ligadas à engenharia) como argumento para defender a sua teoria bisonha.
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Cacau, contenha-se a escrever sobre seus encontros com o Time do Beijo e sobre as últimas armações do Renato Sá. Você nem formado é. Aposto você tirou essa estatística de um papo alcóolico com algum bicho-grilo dos tempos da Dizzy.
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Concordo que muitas vezes o Sr. Menezes antevê as mudanças na nossa capital provinciana, consegue atacar os que se consideram inalcançáveis através de pitacos disfarçados e possuí muita influência sobre o que deve ser considerado como bom na Ilha. Isso é verdade, não sou louco de questionar aquilo que o tempo demonstra, mas de tempos em tempos Cacau dá uma de Édson Arantes do Nascimento (alter ego do Pelé) e ganha mais permanecendo calado. Aliás ele é um fenômeno, o Dr. Baratieri que o diga, já que patrocina a sua coluna desde o tempo no qual o Nardella jogava no Joinville.
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Não estou aqui atacando o Cacau porque sou mais um formado em Administração, nesse ponto até concordo com ele, sobreviveríamos muito bem com um terço dos profissionais administradores formados atualmente e com aproximadamente um quinto dos formados em Direito que hoje atuam no mercado de trabalho. O que me incomoda é a ignorância quanto ao mercado dos engenheiros no nosso país e mais pontualmente em nosso Estado. Muitos dos formandos em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, já deixam a faculdade contratados por empresas estrangeiras. Nosso material humano é bom? Talvez, mas agarram-se nas primeiras chances que aparecem pois sabem que no Brasil e em Santa Catarina dificilmente encontrarão bons postos de trabalho, adequados a sua preparação acadêmica.
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Acredito no crescimento do país e na abertura de novos e mais especializados postos de trabalho no futuro, inclusive para engenheiros. Sou totalmente contrário ao inchaço da máquina pública, apesar de contribuir com ele pois sou mais um servo do Estado, mas de forma alguma tecerei comentários infundados objetivando ataques estapafúrdios como os lançados por Menezes.
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Observação: continuarei lendo o Diário Catarinense de trás para frente...

sábado, 21 de março de 2009

Proposta 4 - Coleta Seletiva de Lixo

Auto-explicativa esta ação objetiva primeiramente alinhar nosso condomínio as práticas modernas ligadas ao desenvolvimento sustentável, neste caso a busca pelo reaproveitamento de matérias-primas recicláveis.
A idéia é criar uma estrutura interna que facilite a divisão dos resíduos produzidos nos apartamentos por tipo: plásticos, papéis, metais e resíduos orgânicos. Existem três opções economicamente viáveis para colocar esta proposta em prática, a primeira delas é adquirir lixeiras inteligentes e incentivar o uso das mesma em cada apartamento através da educação ecológica, a outra é disponibilizar sacolas ecologicamente corretas para cada tipo de material residual também individualizadas por apartamento e a última seria a criação de estruturas preparadas para a coleta seletiva a serem construídas em cada andar.
Logicamente qualquer morador poderá participar ou não deste programa, mas acredito que através de um processo de re-educação será possível obter bons resultados com esta ação.
Futuramente, baseado nos resultados e na participação alcançada, será possível realizar a venda destes resíduos e assim angariar recursos monetários advindos do lixo dos 48 apartamentos de nosso condomínio.

Proposta 3 - Aluguel de Salão de Festas para Terceiros

Esta proposta visa angariar recursos e ao mesmo tempo disponibilizar cursos, terapias e exposições para os condôminos.
Nosso edifício, na época de sua inauguração, já possuia algo semelhante mas executado pelos próprios moradores que socializavam seus conhecimentos através de tumas internas que utilizavam o salão de festas para seus encontros.
Aulas de yoga, dança de salão, culinária e artes poderiam facilmente serem ministradas dentro de nossa estrutura para os condôminos e, se assim entendido pela assembléia, também para interessados externos. Os moradores e não-moradores interessados pagariam pelo serviço para o profissional ministrante, o mesmo seria taxado pelo uso da estrutura do condomínio que assim geraria recursos a serem investidos no próprio salão de festas inicialmente, este montante de monetário seria assim denominado Fundo Salão de Festas.
Ganha o condomínio pelos motivos já citados e também o profissional liberal que arcaria com um aluguel simbólico e contaria com uma localização privilegiada para recrutar sua clientela.
Pelas conversas iniciais esta ação geraria um retorno mensal na faixa de 300 reais e, caso bem sucedida, este valor poderia facilmente alcançar R$ 1.000,00 mensais. O isolamento acústico, a instalação de aparelhos de ar-condicionado e pequenos reparos seriam assim auto-financiados sem custo adicional para o tesouro condominal.

terça-feira, 10 de março de 2009

Proposta 2 - Mídia Paga no Elevador do Condomínio

Acredito que o título seja bastante explicativo por si só, mas para que esta ideia seja melhor analisada discorrerei em poucas palavras sobre esta ação.
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Não é novidade para ninguém que, a partir da concorrência selvagem que vigora no mercado atual, para manter-se viva uma empresa precisa diferenciar-se das demais, atrelar ao seu produto algo que a concorrente não ofereça e, se possível, conhecer profundamente seus potenciais clientes, talvez até participando do dia-a-dia deles. Pois bem, minha ideia é casar o anseio de uma empresa em manter contato direto com 48 famílias de clientes potenciais de uma forma bastante ativa e duradoura: publicidade no elevador do condomínio.
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Através de uma peça de bom-gosto e com uma abordagem direta uma empresa poderá oferecer seus produtos/serviços num display a ser instalado em nossos dois elevadores. Em compensação a empresa pagará ao condomínio uma taxa mensal que poderá ser incorporada as receitas mensais diminuindo o peso de rateios ou ainda colaborando no investimento em obras ou na contratação de serviços profissionais, como jardinagem por exemplo, sem onerar as finanças condôminais.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Proposta 1 - Concessão de Àrea Comum para Exploração de Terceiros

Uma das propostas que quero levar a discussão da assembléia é esta, uma ação voltada para o novo paradigma dos condomínios sintonizados com a situação econômica vigente, uma espécie de Parceria Público Privada que tende a trazer benefícios para ambas as partes.
Como funcionaria?
Valendo-se da nobre localização de nosso patrimônio (Av. Trompowsky frente, Rua Santo Inácio de Loyola fundos ) concederíamos, em contrato de concessão temporária, uma àrea de aproximadamente 120 m2 junto a nossa saída de fundos na Rua Santo Inácio de Loyola (atualmente subutilizada) por um período de 10 à 15 anos, com aluguel fixado (corrigido pela inflação) durante este período. Findo o contrato a àrea retornaria a posse do condomínio com opção ou não de re-alugá-la a empresa parceira, em caso positivo com incremento de valor caso a empresa construa benfeitorias no local para sua exploração.
Como a empresa ganha?
A empresa parceira ganha a medida que não comprará o terreno no qual construirá seu empreendimento (um terreno nas mesmas proporções hoje em localização semelhante custa aproximadamente R$ 420.000,00) e o poderá explorar por uma década ou mais tornando assim seu gasto com aluguel mensal e o custo com a construção de sua benfeitoria baixos perto do investimento atrelado a compra do imóvel.
Como o condomínio beneficia-se?
Primeiramente com a entrada da renda advinda do aluguel mensal da àrea (estimado em R$ 5.000,00 com correção inflacionária anual), posteriormente com o englobamento da àrea construída pela empresa parceira pós findo o contrato de concessão temporária, ou seja, receberíamos aluguel mensal por 10 ou 15 anos e ainda no fim deste período ganharíamos uma àrea construída valorizada numa das localizações mais nobres do Centro de Florianópolis.
No meu entendimento este processo pode ser caracterizado, devido às circunstâncias observadas atualmente, como uma negociação ganha-ganha. Sondagens já foram realizadas neste sentido e tiveram boa aceitação, respostas externas que fortalecem a intenção de trazer esta idéia a pauta de discussões da assembléia de condomínio como uma das formas de angariarmos receitas externas para aplicação em melhorias no nosso patrimônio conjunto.