quinta-feira, 25 de junho de 2009

London, London

Londres, a terra onde tudo é over.

A cidade que tem muito de tudo, suporta com elegância as consequências dessa característica.
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Sempre achei que Nova Iorque era o centro do mundo, errei mais uma vez nessa, Londres merece muito mais este título. Oriente e Ocidente se encontram numa imensa ilha de contrastes onde o velho e o novo disputam lugar de forma simbiótica. Mansões históricas abrigam lojas de eletrônicos e carros antigos se transformam em marcas registradas dos famosos (luxuosos e bem equipados) táxis londrinos. Fantástico!
Londres vive em constante mudançsa, porém mantém suas origens através de políticas inteligentes de manutenção do patrimônio histórico: "Nao altere a fachada mas divirta-se ao planejar o interior de sua residência". Podemos até fazer uma analogia desta política com a própria visão e costumes do povo sobre o valor do ser humano. Nós latinos valorizamos muito o exterior, tanto em relação a nossa aparência física como quanto a imponência de nossas fachadas, não é raro decepcionar-se com o interior de construções com fachadas magnifícas (o Hotel Majestic esta aí para comprovar). Já os europeus (de forma mais clara os ingleses) valorizam o interior, tanto das suas edificações como na aparência física. Não à toa somos, nós brasileiros, referência em publicidade para o mundo, sabemos como poucos vender nossos produtos de baixa qualidade para quem não tem dinheiro para comprá-los.
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Não vá a Londres buscando beleza óbvia, as mais belas mulheres que lá vi eram brasileiras. A principal diferença entre as nossas conterrâneas e as inglesas, na minha opinião, está centrada numa linha quase imperceptível. A linha que divide a sensualidade da vulgaridade.
É costumaz as brasileira ultrapassarem essa linha sem perceber ao exagerar no decote, no corte da saia ou numa bota com a estampa escandalosa. As londrinas são básicas, mas exalam charme apenas combinando peças simples. Mais uma vez menos é mais.
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A arquitetura é realmente fascinante. Para quem estuda artes a visita a Londres é uma parada obrigatória num tour em busca de inspiração. O transporte urbano funciona muito bem, mas também apresenta falhas ocasionais. Durante um mês enfrentei fechamentos de estações de metrô e trem. Cabe lembrar porém que em todas as oportunidades o sistema apresentava meios de transporte substitutos, os replacements, ônibus que suprem as ausências com pontualidade inglesa. Até no improviso eles são organizados.
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"Braza". É assim que nossos conterrâneos se referem a pátria-mãe na capital inglesa. Falam com orgulho, com amor e saudade. A vida, mesmo na dificuldade dizem eles, sempre será melhor no Brasil do que na Inglaterra por um motivo muito simples: Não há lugar no mundo como o nosso lar.
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Caros "diplomatas", tenham certeza que o "Braza" sempre estará de braços abertos para todos vocês!

domingo, 21 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Je ne parle pas français


A França é linda, um país que com certeza sabe valorizar sua história e divulgar sua cultura mundo afora. Amparada pelo fato de já ter sido o maior império deste planeta, a terra das baguetes e onde o vinho é mais barato que água, lançou seus 'tentáculos culturais' nas mais diversas direções, conhecendo in loco pude perceber o quanto somos influenciados por eles ao sul do Equador.
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Alimentação, vestuário, costumes, arte... Uma rápida olhada ao nosso redor exemplifica minha constatação feita acima. Apesar de algum sentimento anti-francês motivado pelos fracassos brasileiros no futebol ante a seleção daquele país, entendo que temos uma profunda admiração por aquele povo, e a recíproca é verdadeira:
- Brésilien? Bienvenue....Ronaldô, Romariô, Pelê....
O futebol ainda é nosso cartão de entradas, mas aprofundando a conversa já consegui ouvir algumas palavras-chave: Petrobrás, Lula, Embraer, biodiesel e automóveis bi-combustíveis. A mudança é demorada, mas parece que não estamos mais no patamar da Jamaica.
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Eles são ótimos vendedores, tudo se torna ponto turístico (mais tarde percebi que não somente os franceses possuem este dom). O apreço pelos automóveis é baixo, de cada dez seis estão batidos ou remendados de forma bizarra, as mecânicas francesas devem penar para conquistar clientes.
Amantes de praças, os franceses demonstram gratidão aos seus heróis históricos através de bustos e esculturas que exaltam conquistas. Tudo de muito bom gosto e com manutenção periódica. O respeito ao patrimônio público é exemplar, seja em Paris ou em pequeninas cidades do interior.
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Percebi que para os padrões europeus a França é vista como a Bahia no Brasil. Os preguiçosos do grupo. Verdade ou não (em ambos os casos) eles são um povo que se dá ao luxo: se dá ao luxo de não trabalhar numa terça-feira à tarde, numa segunda pela manhã ou numa quinta ao meio-dia (este último no caso de um restaurante). Eles simplesmente fecham o estabelecimento sem aviso prévio e publicam a famosa plaquinha: exceptionable fermé! Algo como excepcionalmente fechado. Alguns lugares permaneceram exceptionable fermé durante uma semana inteira.
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Castelos, praias, museus, restaurantes...palavras que me conectam a França.

È Vero...

"Pode-se ver um monte de sujeitos inteligentes com mulheres burras, mas você dificilmente verá uma mulher inteligente com um sujeito burro."
Erica Jong

quinta-feira, 4 de junho de 2009

De volta ao ponto de partida



- Solicitamos aos senhores passageiros que apenas desafivelem os cintos de segurançaa após a parada completa da aeronave. Em nosso ponto de chegada temos tempo bom, vinte graus Celsius e vento sul. Sejam bem-vindos a Florianópolis!
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Apos um mês enjoying a Europa, estou de volta à terrinha. Feliz? Sem dúvida alguma, pois acabei de fazer o melhor investimento da minha vida até hoje. Viajar para mim foi como investir em mim mesmo, algo como um intensivo em cultura com lições práticas de humildade.
Passaram-se exatos trinta dias desde o embarque para Londres e posso dizer que minhas férias com certeza não privilegiaram descanso, pois havia muito para ver, provar, conhecer em tão pouco tempo.
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A Europa é realmente um mundo diferente do nosso, mas percebi que os "marcianos" possuem muitas similaridades conosco. Reino Unido, França, Portugal e Espanha. Consegui enxergar um pouco de Brasil em todos estes países (além do enorme contingente de imigrantes brazucas que lá encontrei). Fui muito bem recebido por onde passei e só tenho a agradecer a todos que tornaram essa viagem algo inesquecível para mim, abrindo além de seus lares também suas vidas.
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Dizem que o único problema do retorno de uma viagem como essa é que você mal chega e já começa a planejar a próxima trip.
Tá aí uma grande verdade.