quarta-feira, 21 de março de 2012

Animal Liberation Orchestra

Espere até os 00:52, acredite vale a pena. ALO com a melódica Pobrecito.

Alucinante aventura

"Para que levar a vida tão a sério se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos?"
Bob Marley

terça-feira, 20 de março de 2012

Guga Prefeito?

Às voltas com as eleições municipais o clima político torna-se efervescente em todos os sentidos. Alianças são formadas (muitas das quais bastante improváveis), os "futuros" das cidades são discutidos por entidades com nomes convidativos e surgem alguns salvadores da pátria. O nosso, reconhecido campeão e embaixador honorário da cidade para o mundo, mostra que como gestor continua sendo um grande ex-tenista.
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Num cenário pluripartidário como o que vivemos é bastante corriqueiro que eternos desafetos da última eleição passem a dividir palanques em prol de um "bem maior". Não sou afeito à mágoas ou vinganças pessoais, mas penso que os partidos devem, ao menos, possuírem um formato de gestão minimamente transparente para a população. Verdade seja dita, o prefeito é o porta voz, o comandante, mas no fim das contas quem direciona o barco é a tripulação, se a equipe não vê norte nas palavras do capitão, além de perda de rumo, haverá gasto ineficaz de energia gratuitamente. O partido, ou os partidos, montam a equipe, caso tenham visões bastante diversas sobre qual caminho trilhar para atingir o mesmo fim, é possível que sejam criadas vertentes de poder dentro da mesma gestão. Isso é extremamente contraproducente. Irreal então seria imaginar uma parceria entre um partido que defenda o liberalismo econômico (estado supervisor) com um partido paternalista (estado inchado).
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Floripa te quero bem. Bonito não? Com certeza. Produtivo? Acredito que não. Todos temos sonhos, queremos a melhor saúde, educação e segurança, se possível, sempre na esquina da nossa casa. Infelizmente isso é impossível, ao gestor de uma cidade caberá difíceis escolhas que poderão privilegiar uma área em detrimento da outra pelos motivos mais diversos (orçamento, capacidade instalada, estratégia, etc...), o que deve imperar, no entanto é a avaliação técnica e aí não basta somente carisma, é necessário avaliar indicadores, custos, prazos, etc... O movimento criado com nome de declaração de amor pelo Grupo RBS é bem possível que crie mais fumaça e fomente falsas expectativas que realmente construa um plano de desenvolvimento para Florianópolis. A população, em grupo, não foca, por essa razão são escolhidos representantes que poderão separar as reais necessidades das falsas prioridades. Seu papel como cidadão é eleger este representante e repassá-lo suas opiniões, a ele caberá analisá-la e marcá-la com um selo de "possível" ou "sonho". Se você realmente quer bem Floripa procure os meios legais para participar da construção do futuro da sua cidade, vote consciente e seja um cidadão participativo apoiando a gestão da cidade com críticas construtivas.
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O factóide "Guga Prefeito" foi impulsionado depois que o tenista disse que se a cidade continuasse no mesmo caminho o faria repensar sobre a idéia de morar pelo resto da vida nesta Ilha. O que o mesmo fez depois disso? Lançou a hashtag #SalveFloripa, interrompeu a apresentação do projeto da quarta ligação para dizer que "o governo deveria ouvir mais a população antes de tocar tal projeto". Faça-me o favor Gustavo, deixe os técnicos fazerem seu trabalho e, caso se julgue apto para ser um representante da sociedade - agente de transformação-, estude para tal e conheça um pouco melhor sobre o funcionamento da máquina pública antes de propor o que já é realizado através da representação escolhida pela maioria da população.
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Fico imaginando o Guga sentado numa mesa, despachando documentos com pedidos de transferência de servidores e analisando reinvidicações de grevistas sobre aumento de salários não contidos na Previsão Orçamentária do município. Não, não Guga, nem sempre as vitórias na nossa vida estão ligadas a precisão de um saque ou a resposta indefensável a uma bola do adversário.

terça-feira, 13 de março de 2012

Lobotomia

"É melhor viver 10 anos a 1000 que 1000 anos a 10."
Lobão

domingo, 4 de março de 2012

Proativo

"É inútil dizer: - Estamos fazendo o possível. Precisamos fazer o que é necessário."
Winston Churchill

As Organizações Sociais - parte 1

A partir deste post pretendo discutir o modelo de gestão através de Organizações Sociais (OS's), ou seja, administração privada de aparelhos públicos. Os textos sobre este assunto visam não somente destacar os resultados deste modelo, mas também pôr luz a críticas exaustivamente realizadas a este sistema sem a devida base de informações para tal. Meu foco serão os exemplos na área hospitalar, mas o modelo de OS's também atua em presídios e outras estruturas públicas com necessidade de gestão descentralizada.
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As Organizações Sociais (OS's) foram legalizadas no Brasil através da Lei 9637, de 15 de maio de 1998, visando regularizar a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos os requisitos previstos na referida Lei, como entidades passíveis de gerirem estruturas públicas.
Inúmeras atividades do Estado, em diversas unidades federativas do país, já estão sendo realizadas por entidades privadas. No Estado de Santa Catarina são alguns exemplos dessa nova forma de atuar a FAHECE - Fundação de Apoio ao Hemosc e Cepon (que administra com altos níveis de aprovação o Centro de Pesquisas Onconlógicas - CEPON e o Hemosc estaduais) e a Penitenciária Industrial de Joinville, referência em gestão carcerária no país com inúmeros projetos de ressocialização premiados dentro e fora do Brasil.
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Para que obtenha aprovação do poder público para atuar, a OS pleiteante é examinada em relação a sua competência e também da experiência acumulada na área que interesse, o Governo então qualifica-as como OS e, após processo no qual são analisadas as propostas para assumir a gestão de um aparelho, repassa os recursos financeiros necessários para que elas desenvolvam as atividades circunscritas a suas competências. A aprovação final é feita pelo Governador do Estado após minuciosa exposição de motivos dos Secretários de Estado da Saúde e do Planejamento, que analisam a quem a execução da atividade será atribuída. O recebimento dos recursos públicos está condicionado ao atendimento do contrato de gestão firmado entre OS's e o Estado, sendo este contrato o documento chave desta parceria no qual constam a explicitação dos compromissos, resultados e metas que se pretende atingir.
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As OS's, apesar do propagado pelos sindicatos, tornam mais fácil e direto o controle social, uma vez que nos seus conselhos de administração estão representados diversos segmentos da sociedade civil. Entretanto o maior ganho deste modelo está ligado a uma autonomia administrativa muito maior do que aquela possível dentro do sistema administrativo ligado diretamente ao Estado. Os conselhos administrativos responsáveis pela OS's passam a assumir uma responsabilidade maior sobre os resultados obtidos, tendo que, em conjunto com a sociedade que participa do controle da gestão da instituição através das câmaras de avaliação, compromisso com a melhoria da eficiência e da qualidade dos serviços públicos prestados, atendendo melhor o cidadão a um custo menor e, importante destacar, com atendimento 100% gratuito.
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Alguns links de apoio do texto acima:
Site Oficial da FAHECE:
Site Oficial da Penitenciária Industrial de Joinville e matéria coligada ao tema: