sábado, 22 de outubro de 2011

Transparência

Parece piada


Emergência do Hospital Celso Ramos, que estava em reforma desde o início do ano e foi reinaugurada nesta quinta, não resistiu à tempestade que caiu à noite e ficou totalmente alagada.


Nota publicada na coluna do Sr. Cacau Menezes no sábado dia 22/10/2011


Abaixo resposta encaminhada para o mesmo na mesma manhã da publicação:



Caro Cacau,


Como assinante do DC e, atual, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, gostaria de realizar algumas ressalvas acerca de sua nota "Parece piada" e informá-lo sobre o ocorrido na Emergência do Hospital Governador Celso Ramos na noite da última quinta-feira.


Primeiramente acho interessante que, munido de fontes oficiais e não oficiosas, vossa senhoria tome ciência que tal seção do antigo Hospital dos Servidores passou por reforma completa e ampliação com início em maio de 2010, portanto não desde o início deste ano como fora publicado por vossa coluna, foram 18 meses de um processo complexo que aumentou em 15% a área daquele espaço, com crescimento de capacidade de atendimentos de 7 para 10 mil/dia e a inclusão de duas salas de centro cirúrgico completas para tornar o processo naquele núcleo extremamente resolutivo. Outro item importantíssimo, destacado pela reportagem da própria Rede Brasil Sul em visita aquele nosocômio, é que a Emergência Geral passa a ser totalmente adaptada ao acesso de pacientes com dificuldades especiais (deficientes físicos), um ganho, portanto, também de inclusão. Há de se destacar ainda a contratação, através de processo seletivo, de médicos e equipe de enfermagem para compor nova equipe de assistência daquele espaço. Novos 139 servidores de diversas áreas serão nomeados no início do próximo exercício para que o Hospital Governador Celso Ramos possa colocar em funcionamento todos os seus leitos, autorização já assinada pelo Governador Raimundo Colombo. Hoje 90 destes leitos estão inativos, sendo 40 pela carência de recursos humanos e 50 devido a necessidade de adaptação as novas normas da ANVISA para a Ala de Internação de Ortopedia que contempla 50 leitos. Em reunião realizada na última sexta-feira no próprio hospital em conjunto com a equipe de Ortopedia, foram decididos os últimos detalhes do projeto de reforma da Ala Ortopédica, trabalhamos de forma democrática e planejada, visando não realizar paleativos, pois não adianta nada atender mais pacientes de forma equivocada, este delicado processo, porém necessário, trará benefícios duradouros a população que necessita de atendimento em saúde.


No segundo momento, passo à vosso conhecimento que a Emergência fora reinaugurada na quarta-feira passada, também não na quinta como publicado, e iniciou seu pleno funcionamento após transição (sim pois a emergência provisória ainda permanecia ativa mesmo durante a solenidade de entrega da obra) na quinta-feira no início da tarde após treinamento das equipes com os novos equipamentos e da desinfecção completa do local. Infelizmente, logo após a sua abertura, devido ao grande volume de chuva ocorrido naquele período, ocorreu um rompimento de uma tubulação auxiliar de coleta de águas pluviais localizada na copa dos funcionários. Pequeno, pontual e sem danos a pacientes, acompanhantes e servidores o imprevisto criou um pequeno alagamento em uma área que de forma alguma comprometeu o atendimento que já se desenvolvia naquele espaço, na verdade, por se tratar de uma área distante do espaço de maior movimento, só fora notado após alguns minutos de sua ocorrência, pois naquele momento não havia nenhum servidor em descanso. De qualquer forma tal ocorrência foi rapidamente sanada e a empresa responsável já trabalhava na conclusão do reparo no início da manhã da sexta-feira. Nos entristece, porém, que a entrega de uma aparelho público tão avançado e resolutivo fique às sombras de uma ocorrência tão pequena como esta, nos abastece de energia, no entanto, tais comentários para provar o contrário, que podemos fazer a saúde de forma melhor, menos custosa e mais humana acabando com antigos paradigmas pré-estabelecidos.Convido o nobre colunista para que desça da bancada e venha conhecer a realidade de perto, por todo respeito conquistado durante vossa brilhante trajetória não posso acreditar que possa receber informações sem checá-las de forma responsável.


Confio em vossa capacidade crítica embasada em fatos, por essa razão envio esse extenso, mas necessário, informativo para que o trabalho que está sendo realizado, silenciosamente, nesta Secretaria de Estado não seja jogado na vala comum. Acredito que precisamos, como povo, nos tornarmos agentes críticos responsáveis, aí, ao meu ver, está o maior desafio na área de educação, inserir conhecimentos sobre o funcionamento dos administrações públicas para que, embasados, todos possamos entender como realmente funciona a máquina antes de atirarmos pedras em nossos gestores.


Espero ter colaborado.

Um grande abraço!


Att.,

Fernando Wisintainer Luz

Chefe de Gabinete

Secretaria de Estado da Saúde

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Se a moda pega...

Durante o jogo entre Velez e Zrinjki pelo campeonato bósnio, após o belo gol, seguido de comemoração efusiva, do jogador Rijad Demic a torcida do Velez invadiu o campo e "fez justiça com as próprias mãos". Um absurdo hilário que vale a pena assistir.




Equivalências brasileiras

O The Economist criou um estudo que compara índices de unidades federativas com países como uma forma lúdica de observar desenvolvimentos discrepantes dentro de uma mesma nação. Neste primeiro momento os índices analisados são PIB, PIB per capita e população (veja mais no site (http://www.economist.com/content/compare-cabana).

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Santa Catarina, por exemplo, possuí PIB semelhante ao da Croácia e é a sexta unidade federativa com maior produto interno bruto no país. São Paulo, estado mais rico da nação, neste quesito compara-se à Polônia e Roraima, o mais pobre, ao país africano Suazilândia.

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No quesito PIB per capita, os catarinenses, quartos colocados neste item no país, igualam-se aos venezuelanos regidos por Hugo Chavéz, o Distrito Federal (aberração devido a baixa população e altos salários do funcionalismo público federal) compara-se à Portugal e ocupa a primeira posição nacional. Piauí, nosso último colocado equivale-se à Geórgia.

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Em relação à população, Santa Catarina, o décimo primeiro estado brasileiro mais populoso, equivale-se ao vizinho Paraguai, São Paulo, o mais populoso, tem população semelhante a da Argentina e, novamente, Roraima, estado com menor população no Brasil, pode ser comparado neste quesito a pequena nação européia de Malta.

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Comparações curiosas são o do PIB per capita do Rio Grande do Sul, estado que orgulha-se de qualidade de vida adquirida e da sua, suposta, auto-suficiência, ser equivalente ao do país africano Gabão e também de Alagoas, que contando com índices absurdos de criminalidade/mortalidade, possuir o mesmo índice semelhante ao da China.