"E a Vida Segue
Até quando o Hospital Florianópolis continuará em obras? Já se passaram quatro anos e várias datas de reinauguração foram transferidas. "
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Resposta encaminhada para o colunista do Notícias do Dia, Paulo Alceu, após a publicação nesta terça-feira, 12/06/2012, da nota acima:
Caro
Paulo Alceu,
Como atual Chefe de Gabinete da
Secretaria de Estado da Saúde e encarregado em articular as ações necessárias
para a conclusão das obras de reforma do Hospital Florianópolis, em resposta a inquietação
publicada na sua coluna nesta terça-feira, sinto-me no dever de trazer
algumas informações que julgo importantes para vossa ciência, e de seus
leitores, acerca do histórico e do atual panorama de andamento desta importante
obra.
Primeiramente é necessário informar
que as obras neste hospital iniciaram em 2009 com objetivo de reforma,
inicialmente, apenas da Emergência Geral e do Serviço de Nutrição de Dietética
do hospital. Tais empreitadas visavam adequação destas duas importantes áreas
as normas vigentes da ANVISA e também modernização de layout e tecnologia.
Ambas foram finalizadas no ano de 2010 e atualmente estão inativas aguardando a
finalização da segunda etapa das obras daquele hospital.
A segunda etapa das obras, planejada
para execução com a primeira etapa em andamento, que teve início em 2010, consiste
na reforma completa do segundo e terceiros andares da instituição, pavimentos
que abrigam as alas de internação (incluindo UTI), centro cirúrgico e centro de
material esterilizado do hospital. Também inclusa nesta segunda etapa está a
construção de um pavimento técnico – quarto andar - e ampliação da capacidade
da Central de Utilidades (gases, vácuo, oxigênio, etc...) preparando o hospital
para uma possível ampliação futura com ganho de leitos e oferta de novos
serviços. Esta etapa necessitou de diversas alterações nos projetos de execução
(hidráulica, elétrica, climatização e ANVISA), muito devido a precariedade encontrada
nestes itens naquela estrutura já bastante desgastada pelo tempo e pela falta
de manutenção periódica. Atualmente, com todos os projetos aprovados nos órgãos
cabíveis, estamos trabalhando com previsão de entrega para o último trimestre
do presente exercício e os esforços estão concentrados nos acabamentos do
segundo andar, preparação para instalação de equipamentos no terceiro andar e
finalização da colocação de pastilhas na fachada do hospital.
Destaco como os
maiores ganhos desta obra, além da modernização dos ambientes, equipamentos,
layouts e adequação total as normas da ANVISA, os cinco leitos de UTI a mais à
disposição da população e também a instalação do sistema de estativas (braços
robotizados de apoio aos procedimentos médicos) na UTI, centro cirúrgico e
recuperação pós-anestésica, sendo o Hospital Florianópolis o primeiro da rede
hospitalar estadual a contar com esta tecnologia.
Alguns fatores foram decisivos para o
alargamento dos prazos de conclusão estimados até agora, destaco, com muita
propriedade por acompanhar pessoalmente os processos que cercam essa
empreitada, a enorme burocracia que enfrentamos para a conclusão de uma obra
deste quilate. É chover no molhado reforçar que uma obra hospitalar é muito
mais complexa que a construção de edifício residencial, um shopping ou uma
ponte, pois envolve uma gama de instalações somente percebidas nestas
estruturas. Além disso, e especificamente no caso do Florianópolis, foi
necessário adequar um hospital da década de 50 ao atual padrão de estrutura
física recomendada pela ANVISA, um desafio e tanto. As dificuldades já
elencadas recebem reforço a partir dos obstáculos legais já conhecidos, como processos
licitatórios impugnados ou seguidos de recursos, por exemplo, que atrasam a
aquisição de equipamentos gerando, por consequência, o impedimento da abertura
de novas frentes de trabalho que necessitam da instalação destes para sua
continuidade.
Visando dar transparência ao andamento
das obras, o Secretário Dalmo de Oliveira, instituiu uma comissão formada por
técnicos da Secretaria de Estado da Saúde e membros da comunidade do Estreito
que mensalmente visitam as obras do hospital. Nestas visitas são repassadas as
informações necessárias para que estes representantes possam, tendo ciência
sobre tudo que envolve uma obra hospitalar, acompanhar de forma integral os
trabalhos e entender o porquê da velocidade impressa na conclusão desta reforma
hospitalar.
O que sempre reforçamos é o pedido de
paciência por parte da população, pois a perfeita conclusão da obra aqui
discutida é vital para o bom funcionamento dos serviços e para a melhoria da
qualidade da atenção à saúde da população que acessa aquela unidade hospitalar.
Trata-se de uma grande responsabilidade entregar um aparelho tão importante para
nossos pacientes, portanto nos preocupam sim os prazos extrapolados, mas nos
preocupa muito mais disponibilizar um hospital funcional, moderno e preparado
para os usuários do Sistema Único de Saúde.
Espero ter ajudado e me coloco à
disposição para maiores esclarecimentos.
Att.,
Fernando Wisintainer Luz
Chefe de Gabinete
Secretaria de Estado da
Saúde