quarta-feira, 30 de maio de 2012

A política do paliativo


Com o intuito claro de utilizar o comércio de automóveis para "aquecer" o mercado, o Governo Federal, através do Ministério da Fazenda, mais uma vez dá demonstração clara da política que predomina nos últimos anos no Brasil: a política do paliativo. Diminuir por prazo determinado a incidência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre o valor de fabricação de carros no país, freia imediatamente a cobrança desta indústria de uma reforma tributária que o governo insiste em não executar, numa atitude covarde que não ataca de forma consistente os motivos que causam o encalhe de automóveis nos pátios das montadoras brasileiras.
 Atualmente quarto maior mercado mundial de automóveis, a indústria brasileira sofre para competir com outros produtores, nosso custo de produção é 60% maior que chinês e 40% maior que o mexicano, o principal motivo é a extensa, e densa, tributação, mas existem outros como alto custo de logística e o alto valor da mão-de-obra em alguns dos mais importantes centros produtores.
A saída, talvez a não mais popular, é a imediata revisão dos impostos que oneram a indústria produtiva no país, implementada através de reduções lineares programadas e não pontuais oportunistas como tem ocorrido, do contrário continuaremos a vivenciar uma instabilidade econômica, mascarada por políticas governamentais que não solucionam as causas, atacando apenas de forma arriscada as consequências.
Com potencial de tornar-se um grande exportador de automóveis, o Brasil perde a chance de num ótimo momento arrumar a casa e prosperar de forma duradoura, a atual movimentação causa preocupação na atual conjuntura mascarada por discretos crescimentos do PIB e por uma questionável blindagem frente a crises econômicas externas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Verdade do Ben


Ser humilde com os superiores é obrigação, com os colegas é cortesia, com os inferiores é nobreza. Benjamin Franklin

The color of your energy

terça-feira, 22 de maio de 2012

Importação de profissionais

O Governo Federal trabalha num decreto de Lei que visa facilitar a entrada de profissionais estrangeiros em nosso país. O objetivo desta ação é claro: aumentar a oferta de médicos no mercado brasileiro.


Imbuido de fomentar o deslocamento de profissionais para o interior e impedir a vertiginosa inflação salarial de algumas especialidades médicas no Brasil, o governo, através da redução na burocracia vigente para a emissão de vistos de trabalho e validação de diplomas para profissionais estrangeiros exercerem a profissão por aqui,também dificultaria a debandada de investimentos privados no negócio saúde, aporte que no que no Brasil é vital, uma vez que 44% dos investimentos em saúde no país atualmente são privados (dados da Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico).


As associações médicas no entanto já vem se movimentando para evitar que este decreto vire realidade, defendendo que o Brasil possuí médicos suficientes. Os números oficiais no entanto mostram o contrário, apesar de estar acima do índice minímo aceito pela Organização Mundial de Saúde de um médico para cada mil habitantes, o Brasil apresenta uma taxa de 1,95 nesta relação, valor superior ao de países africanos, mas abaixo do índice de países europeus como a Grécia com 6,04, México com 2,89 e da nossa vizinha Argentina com 3,16.  


Este movimento governamental é bem vindo na busca pela melhoria da saúde no país, na obtenção de melhores índices em saúde e de percepção de qualidade de assistência por parte da população, mas infelizmente tende a ser insuficiente enquanto o investimento do Governo Federal nessa área permanecer abaixo dos 5% do PIB, obrigando, há mais de uma década, os prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde a trabalharem com tabelas de remuneração defasadas, onerando, por consequência, estados e municípios com gastos em saúde bem acima dos limites constitucionais.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Doação


Sugiro assistirem a campanha que compartilho acima, trata do assunto doação de órgãos. Quem espera conhece a angústia, quem doa é lembrado para sempre.