quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A Casa de Todos ( e de ninguém ao mesmo tempo)

Administrar um condomínio é uma missão complexa, muito por causa do motivo explicitado no título deste post. Como, de maneira eficiente, administrar um patrimônio coletivo, onde residem indivíduos extremamente diferentes, com ideias opostas e interesses variados?
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Simples não é, mas existem formas de democraticamente realizar reformas que valorizem o patrimônio de todos (inclusive o seu) e ainda ganhar uma tremenda experiência administrativa com esta oportunidade. Aos vinte e cinco anos de idade sou candidato a síndico no prédio do qual sou morador há mais de vinte anos. Amo meu lar e sei que posso contribuir para transformá-lo num ambiente ainda mais agradável para se viver, um apartamento atrativo do qual as pessoas sentirão saudade ao partir e aconchegadas ao chegar.
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Minhas propostas não são comuns (as apresentarei nos próximos posts). Quero que nosso condomínio funcione como uma empresa. Prevejo uma batalha enorme pela frente e dificuldades colossais advindas de tal encargo. Não me assombro, seguirei em frente e lutarei pelo meu objetivo. Prefiro a amargura da derrota do que a vergonha de nunca ter lutado.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sério?

Após 3 meses de intensas análises e envolvimento de profissionais técnicos das mais diversas áreas da engenharia finalmente foi divulgado o motivo das enchentes e dos deslizamentos ocorridos em nosso Estado no último mês de Novembro:
- O motivo da catástrofe foi o excesso de chuvas - disse o gerente da Comissão de Investigação da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica.
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E ainda dizem que não existem cabeças pensantes no nosso país. Fantástico!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Fator Brasil

Estava outro dia conversando com um amigo que participa da elaboração projetos para rodovias e trabalha na SulCatarinense, empreiteira egoístinha que abocanha 80% dos projetos em nossa região, o questionava sobre as falhas nos projetos que acarretaram os deslizamentos ocorridos no final do ano passado. Ele rebateu minhas indagações afirmando que alguns fatores são subestimados nos projetos de construções de rodovias em detrimento de outros fatores culturais que podem tornar-se problemáticas muito mais corriqueiras do que catástrofes naturais.

Achei aquele discurso uma piada: "Como se planeja uma rodovia numa encosta sem prever chuvas que possam originar deslizamentos? Que fatores podem ser mais importantes que este?". Foi exatamente neste ponto que conheci o Fator Brasil.
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O Fator Brasil pode ser entendido como um elemento percebível e característico da nossa cultura que também afeta o trânsito: a Lei de Gerson. Quando no planejamento de uma rodovia, além de todos os aspectos naturais a serem analisados (terreno, densidade de automóveis na região, número de pistas necessárias, etc...) o projetista tem que desenhar a auto-estrada impedindo que existam brechas para motoristas brasileirinhos se valerem da famosa lei do craque da seleção de 70 para furarem filas numa eventual situação de congestionamento. Acostamentos e saídas para trânsito local vizinho às pistas principais das principais rodovias brasileiras de um tempo para cá começaram a serem planejados prevendo e tentando impedir que o Fator Brasil vigore.
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Últimas Notícias: O país do presidente corintiano e do Fator Brasil vê a volta de Sarney à presidência do Senado.