Los Hermanos Solo

Uma dos inúmeros hits de umas das melhores bandas brasileiras de todos os tempos, ao vivo "Morena" com Marcelo Camelo e Banda.

Milloreando

"A psicanálise é ponto de encontro entre os profissionais da maluquice e os malucos sem fins lucrativos."

Millôr Fernandes

O Clássico dos Clássicos

Não poderia deixar de comentar sobre o fabuloso espetáculo proporcionado por Figueirense e Avaí no incrível clássico ocorrido no último domingo. Uma verdadeira aula de futebol franco, oportunidades de lado a lado, chances perdidas, muitos gols...Florianópolis está de parabéns.

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Lembro como se fosse hoje do ano de 1999, o ano da capital com Avaí e Figueirense na final do campeonato estadual, na época um dos maiores clássicos da história com o Avaí em ascensão e o Figueirense se reestruturando. Comparar aquela época com os dias atuais dá dó, provavelmente nenhum daqueles jogadores teria vaga nos atuais plantéis de lado a lado. A realidade hoje é outra e sorte nossa de poder presenciar este bom momento do futebol manézinho. Torci muito por isso e, sem falsa demagogia, não me importo de ver meu time perder desde que seja nas condições nas quais sucumbiu em casa ao moribundo, mas guerreiro, time avaiano.

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Um time é bem quisto pelo seu torcedor quando, mesmo perdendo, escuta palavras de apoio de seus apoiadores após uma catástrofe como a de ontem. Inegavelmente o Figueirense é mais time que o Avaí hoje, mais bem montado, mais técnico, bem treinado, com maior preparo físico, mas...menos eficiente. Futebol é emocionante por causa disso, ontem, novamente, Golias venceu Davi e ainda por cima dentro de seu território.

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Espero que o Avaí reencontre seu caminho e fuja do provável rebaixamento após a heróica vitória de ontem, tratava-se de um time extremamente limitado e desacreditado, nada como um feito deste para dar um gás na moral deste grupo. Torço para que fique na Série A e que tenhamos todos os anos clássico como este na elite do futebol catarinense.

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Já o Figueirense, mesmo derrotado, aparenta estar no caminho correto. Time veloz, ofensivo, com domínio das ações em campo e com possibilidade de voar longe no campeonato. Os críticos que me desculpem, mas acredito no trabalho do Jorginho, o ideal é não baixar a cabeça após o tropeço no clásssico e continuar na mesma toada. Ontem o Figueirense encheu os olhos do Brasil.

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Finalmente o futebol catarinense segue a linha normal dos outros estados-potência no futebol brasileiro em relação aos seus clubes. A capital merece liderar nosso futebol.

Antes tarde do que nunca

Desconsiderem (até segunda ordem) o post de ontem que analisava a decisão do jogador Henrique de se desvincular na marra do São Paulo depois do título de Campeão Mundial Sub20 e do seu reconhecimento individual como melhor jogador da competição. Segundo últimas informações o jovem craque Henrique repensou sua decisão e está próximo de retornar ao São Paulo. Reconheço a coragem de voltar atrás de uma decisão que poderia manchar sua, provável, brilhante trajetória.

Precavido

"A sabedoria consiste na antecipação das consequências."
Norman Cousins

O Jovem Mau Exemplo

Ingratidão é uma das piores reações humanas ao meu ver. O garoto risonho da foto acima é um craque dentro dos campos, mas demonstrou-se com apenas uma atitude, um ser humano desprezível fora deles.

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Um time de futebol vive de patrocínios, prêmios por títulos, venda de produtos licenciados com sua marca, arrecadação com a venda de ingressos para seus jogos e também através da transação (compra, venda e empréstimos) dos direitos dos atletas que possuem contratos com estes clubes. O São Paulo é um dos clubes brasileiros com maiores arrecadações financeiras advindas da venda de grandes promessas, consegue atingir esse patamar por consequência do grande investimento que realiza em suas categorias de base. No São Paulo uma promessa é preparada para se tornar um ídolo, muito mais que um bom jogador de futebol, um atleta profissional preparado para brilhar, apto fisico e psicologicamente para se tornar uma referência para as futuras gerações. Os inteligentes seguem a cartilha e lucram muito com isso (vide Kaká por exemplo), os "espertos" ganham no momento mas depois perdem pela falta de estrutura em momentos difíceis.
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O garoto Henrique, eleito o melhor jogador do Campeonato Mundial sub-20 recentemente vencido pela Seleção Brasileira com grande participação do mesmo, preferiu ouvir seu empresário, o mesmo que anos atrás tinha passado a perna no São Paulo utilizando-se da mesma artimanha, legalmente aceita, mas nada ética, com outro membro da equipe campeã no último sábado, o também garoto Oscar. Possivelmente Oscar tenha evoluído financeiramente mais rápido que faria se ainda estivesse no São Paulo, mas a longo prazo será que a escolha foi a melhor? Hoje o valor de um atleta mensura-se também pelas suas atitudes extra-campo, peguemos o caso do jogador-problema Adriano, que se fosse uma ação no mercado de valores, devido aos sucessivos escandâlos envolvendo seu nome, já teria levado seus investidores a bancarrota. Por mais que retorne aos gramados brilhando sua imagem já estará desgastada com potencial de arrecadação comprometido, diminuindo por consequência seu valor agregado de mercado. Ruim para o time que detém seu passe, pior para o próprio atleta que deixa de lucar unindo o útil ao agradável.
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Torço para que o caminho de Henrique seja cheio de glórias, mas não posso deixar de me posicionar negativamente frente a sua atitude em relação ao São Paulo. Um pouquinho de gratidão não faz mal a ninguém não é mesmo?

Obs.:clique aqui para acessar o link para matéria relacionada caso não entenda bulhufas sobre o assunto que abordo neste post.

Bom som do lado de lá

A banda neozelandesa Fat Freddy's Drop é facilmente identificada pelas batidas black com muito ritmo e também pelo uso sem pudor de um conjunto infindável de metais. Conheça a versão original da Midnight Marauders disponibilizada aqui em forma de jam session e depois visite as outras obras-primas da banda que são ótimas trilhas sonoras para belos finais de tarde.

A Armadilha da Lei de Responsabilidade Fiscal

Aprovada em 2000 durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a Lei de Responsabilidade Fiscal foi um marco na forma de gerir o poder público no Brasil. Seus ganhos são notáveis e ela é, com certeza, uma das proncipais responsáveis pela atual situação financeira no país. O Brasil hoje é um país sólido pelo controle mais rigído da atuação dos gestores públicos.

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Esta lei obriga que as finanças sejam apresentadas detalhadamente ao Tribunal de Contas (da União, do Estado ou do Município). Tais órgãos podem aprovar as contas ou não. Em caso das contas serem rejeitadas, será instaurada investigação em relação ao Poder Executivo em questão, podendo resultar em multas ou mesmo na proibição de tentar disputar novas eleições.

Basicamente ela responsabiliza diretamente o gestor por um ato de transgressão da mesma direto na carne, seja pagando do próprio bolso ou se tornando inelegível.

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Pois bem, mesmo assim ela apresenta um pequeno defeito (com grandes consequências). Seu artigo 19: “Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder ... I – União: 50% (cinqüenta por cento); II – Estados:60% (sessenta por cento) ...”) foi mal planejado a medida que não explicita se o valor pago com a folha abriga também os inativos, pois desta forma, a LRF cria uma "Pequena Previdência" em cada ente governamental, com a mesma mazela de matemática deficitária do fundo que mantém os pagamentos aos trabalhadores que agora desfrutam seus, merecidos, anos de descanso.

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Caso a arrecadação do país, do estados ou dos municípios não cresça substancialmente, a tendência é que com o passar do tempo, os comprometimentos percentuais elencados no artigo 19 da referida Lei sejam alcançados rapidamente, inviabilizando assim novas contratações. Ou seja, desvincula-se o pagamento de inativos desta conta ou os Estados ficarão impossibilitados de executarem novos concursos para reposição de aposentadorias ou expansão de coberturas, sendo futuramente até levados a demitir funcionários como forma de encaixar-se nos percentuais legalmente aceitos.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal precisa ser revista urgentemente sob risco de inviabilizar a gestão pública brasileira em todos os níveis. Quem se habilita a dar força a este movimento?

Rezar?

"Rezar é uma falta de fé: Nosso Senhor sabe bem o que está fazendo."

Mario Quintana

A Queda do Império Americano

Pasmem meus caros contemporâneos, presenciamos um evento muito, muito maior que um atentado terrorista em 11 de Setembro de 2001: nós vivemos a queda do Império Americano.

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Assim como os gregos, os romanos, os persas, os franceses, os americanos também tiveram sua vez de dar as cartas no mundo, só que desta vez a hegemonia não foi limada através de conflito armado, os Estados Unidos da América foram tragados por três fatores principais: economia inviável, queda de prestígio internacional e globalização. Sim, a globalização, literalmente, matou a maior economia do planeta aos poucos. A queda das Torres Gêmeas ficará marcada como um símbolo deste processo, mas a mudança ainda está em curso e essa transformação poderá levar décadas, tempo este que será abreviado numa possível síntese futura dos tempos que vivemos, assim como outros eventos históricos foram.

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Quando o mundo se interligou outros mercados apareceram e se interligaram entre si sem precisar do intermédio americano, China, Brasil, Índia, Rússia e África do Sul tiveram bastante "culpa" no processo de queda dos americanos, mas quem desferiu os golpes mais duros foram os chineses. A famosa pujança econômica americana criou uma armadilha contra si próprios através de uma dívida interna bastante complicada de resolver. Das duas uma, ou os Estados Unidos fazem uma revisão nos seu modelo de vida (o american way) ou terão de solicitar ajuda externa, ambas as situações serão fatais para a derrocada do império que perdura aproximadamente um século.

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A China se tornará a maior potência econômica, mas dificilmente será um potência cultural como foram os americanos, franceses e romanos. Primeiro pelos tempos que vivemos nos quais as culturas parecem estar mais solidificadas, segundo pela própria forma como os chineses são vistos no mundo devido a sua política externa e sua forma de lidar com a mão de obra internamente. Creio num panorama futuro difuso, com poder descentralizado e baseado em uniões, das mais diversas e impensáveis, como forma de ganhar barganha no comércio e na política internacional.

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Estaríamos entrando na era das "fusões nacionais"?

Mais uma pérola do Antônio Tabet

Fonte: Kibeloco (http://www.kibeloco.com.br/)

Educar para cobrar

"Tá tudo errado." "Esses caras são uns ladrões." "Não vejo nada diferente." "Essa obra não caminha." Etc...

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As afirmações acima estão na boca do povo, muito pela percepção popular induzida pelo nosso jornalismo nada imparcial e muito pessimista, ou ainda pela total falta de conhecimento da massa sobre o funcionamento da máquina pública. Como se realiza uma licitação? Qual o papel do Tribunal de Contas? O que faz (ou o que deveria fazer) o Ministério Público? Essas são questões cruciais, e elementares, para que um cidadão possa avaliar de forma embasada o funcionamento de um órgão público e dos poderes que possuem a responsabilidade de o fiscalizarem.

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A culpa é na verdade do governo (esferas federal, estadual e municipal) que deveria incluir esse tipo de ensinamento nos currículos escolares regulares. Nada de moral e cívica, sintetizar a parte prática de conhecimento básico do cidadão sobre o funcionamento do governo, regras e normas pelos quais o administração pública deve embasar suas ações. Sem esse devido conhecimento como cobrar?

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O povo educado é crítico, o povo conhecedor de causa é colaborativo.