quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2009 - Um Ano em Cinco Palavras

Gripe, Sarney, Michael, enchentes e Olimpíada.

domingo, 27 de dezembro de 2009

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Fiasco de Copenhague

Tsc, tsc, tsc... Um verdadeiro fiasco. O encontro dos maiores líderes do mundo na capital dinamarquesa que visava a elaboração de metas para a diminuição da emissão de CO2 na atmosfera, começou moribundo e morreu antes do fim. A falta de avanços claros para o objetivo traçado enfraqueceu, e muito, a onda dos eco-chatos sem argumento.
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Números e mais números foram apresentados, impactos catastróficos alardeados e nada, sabem porque? Porque todo líder mundial de respeito, não é o nosso caso, tem sua equipe de cientistas de apoio e, de forma alguma, dará o braço a torcer para meia dúzia de cientistas de segunda e criará condições malditas baseadas em números, no minímo, suspeitos. Todos vão, aparecem, falam e esquivam-se com extremo talento da assinatura de contratos mundiais que sabem de antemão que não conseguirão cumprir. No fim das contas este encontro não foi nada mais que um teatro muito caro, só o "Molusco" levou a sério e todos riram denovo dele.
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Para aqueles que foram levados pela onda do caos ecológico e "o fim está próximo" sugiro a leitura das páginas amarelas de Veja desta semana, a entrevista com o cientista político dinamarquês Bjorn Lomborg é elucidadora. Ele deixa bem claro o que parece lógico para alguns e muito difícil de entender para os outros: os céticos não são críticos da ciência que comprova o aquecimento e sim das políticas esdruxúlas de combate a ele. Lomborg bate forte na tecla de que a mudança ocorerrá ao natural, mas que pode ser apressada se os recursos destinados para este fim sejam direcionados para o desenvolvimento de tecnologias eco-sustentáveis ao invés de utilizados na tentativa de mudança da natureza humana, ou seja, melhor desenvolver bons motores movidos à O2 do que catequizar americanos a comprarem carroças híbridas.
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Outro ponto importante mencionado pelo entrevistado foi em relação ao marketing verde. Toda empresa que se preze hoje busca um diferencial competitivo, a redução do consumo de energia nas fábricas é, primeiramente, uma ação para menter-se viva e depois um gerador de pontos para o Ecomarketing. Al Gore é o mestre nessa estratégia que trazida para nosso país tem seu grande representante no dono da Natura, Luiz Seabra. Aqueles comerciais dos índios na Amazônia quase me enganam, quase....
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O exemplo da Holanda (país que possuí 60% da sua população vivendo abaixo do nível do mar) foi brilhante para combater o argumento da elevação dos níveis dos oceanos, no caso deste país a tecnologia venceu, mais uma vez, o catastrofismo. O principal aeroporto de Amsterdã, por exemplo, fica três metros abaixo do nível do mar e ninguém em sã consciência vai a Holanda com medo de ficar debaixo d'água. Dados comprovados (estes são mesmo) confirmam que nos últimos 150 anos o nível do mar subiu impressionantes 30 centímetros, uma régua escolar. Questionando pessoas que viveram esse "cataclisma" sobre a influência dessa elevação em suas vidas este ponto pareceu irrelevante, sabem porque? Porque as pessoas correm do perigo. Ao perceberem a água batendo nas portas elas são geniais: se mudam para a casa do outro lado da rua.
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A maior falácia dos "filhos do caos" é tentar fazer com que as pessoas acreditem que no mês que vem suas casas de praia serão tomadas pela maré. Alguns ainda compram esta idéia.
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E você, de que lado está?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Separando o Joio do Trigo

Sexta-feira próxima o Democratas se reúne para decidir o que já parece, moralmente, decidido pela cúpula do partido: a expulsão do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.
O "mensalão da direita", como está sendo chamado o escândalo que deu origem a uma das maiores manifestações políticas públicas dos últimos tempos, surpreendeu a todos que achavam que Arruda tinha aprendido com o caso da violação dos painéis de votação. Errar uma vez é humano, mas a segunda requer medidas rápidas e enérgicas.
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A verdade é que, diferentemente do "mensalão da esquerda", o esquema flagrado em Brasília foi duramente rechaçado pelo partido do próprio Arruda e não abafado como nos desvios que envolviam Dirceu e Cia. Até hoje existem políticos que negam a existência dos valeriodutos e que acham que Roberto Jefferson é louco, tudo bem a segunda até passa, mas a analogia com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad (sim eu digitei presidente do Irã no Google e colei o nome aqui), que nega o holocausto, parece obrigatória.
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Toda grande família possuí suas ovelhas negras, partidos políticos crescem muitas vezes de forma desordenada e acabam agregando peças que demonstram-se defeituosas a partir da passagem do tempo. Arruda era uma delas. A Família Gracie, conhecida no mundo todo pelas virtudes transmitidas pelo patriarca Hélio para seus descendentes, teve em Ryan sua ovelha negra mais célebre. Violento e drogadicto, Ryan acabou morto numa cela policial depois de um surto psicótico nas ruas do Rio de Janeiro. A imagem da família foi manchada? Talvez. Mas a opinião pública soube separar as estações e perceber que, apesar do preconceito com clãs de lutadores, a Família Gracie tinha uma reputação muito mais positiva que negativa frente à população, mesmo após o caso Ryan.
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Logicamente defendo aqui o Democratas, não por compactuar com os desvios do governo brasiliense, mas sim porque sei que no poder das novas idéias, abraçado pelo ideal liberal contido nas raízes deste partido, está um futuro mais promissor para o nosso país. Porque acredito que o inchaço da máquina pública dificulta sua fiscalização, possibilitando assim que casos como esse ocorram diariamente no Brasil apenas com graus diferenciados. Quanto mais transparente e eficaz for uma administração maior poderá ser a participação e o controle populares. A reforma política deve ser entendida como uma reforma nos próprios costumes do povo, que se vende por pouco e paga caro por eleger representantes de segunda, seja qual bandeira empunharem. Na atual conjuntura acho facílimo aparecerem novos Dirceus e Arrudas. O problema não está nos jogadores e sim no jogo.

Desafio

"Sempre faça sóbrio o que você disse que faria bêbado: isto lhe ensinará a manter a boca fechada"

Ernest Hemingway

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Piada do Robin Willians

Eu iria escrever sobre isso, mas o Danilo Gentili foi mais rápido, bem mais rápido:
http://danilogentili.zip.net/

Fantástico!

As Viúvas do Amin


Tive o imenso prazer de ter o eterno candidato Esperidião Amin como professor na Universidade Federal de Santa Catarina, professor prático, com exemplos realistas e bastante experiência para repassar. Amin foi um dos únicos professores que tive que souberam mesclar a teoria com a prática de forma não cansativa. Tenho um enorme apreço pelo professor, personagem político e também pelo indivíduo Esperidião, o homem que conheçe a todos pelo nome. Com certeza um dos catarinenses mais brilhantes do último século.
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Nas aulas percebia-se que ao mesmo tempo que ensinava Amin aprendia, ele mesmo dizia que o retorno à academia era uma tentativa de auto-reciclagem, as urnas em 2006 tinham ensinado a ele uma lição e em 2007 seu grande objetivo era conectar-se com novas idéias, por isso prestava atenção aos comentários de todos os alunos tentando tirar daquelas impressões algo de ajudasse a modernizar as suas próprias. Era muito motivador ver aquele personagem histórico buscar um recomeço.
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A verdade é que, como Amin mesmo dizia, o processo deve ser contínuo e, infelizmente, as eleições de 2008 impediram essa lógica. Amin tomou mais uma lição das urnas e pode ter sepultado de vez sua carreira política com mais um derrota, dessa vez para Dário Berger na sua cidade do coração. Apanhar dentro do próprio terreno acaba com a moral de qualquer um. Idéias ultrapassadas, conchavos infelizes e o sistema de transporte implantado pela última gestão progressista minaram suas chances de êxito. As viúvas do Amin que me perdoem, mas aconselho o ilustre político a parar por aqui, vencer a síndrome do "não desisto nunca" e atuar nos bastidores onde pode ser mais útil. A ironia é tão grande que o próprio Amin, que já fora maior que a própria legenda, hoje é questionado dentro dela, seus partidários sugerem que a 'Amin-dependência' pode ter amaldiçoado o PP, deixando o partido sem fortes lideranças e destinado a viver nas sombras, sempre compondo coligações longe dos holofotes principais.
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2010 trará novas possibilidades, Ângela deverá compor chapa com Ideli Salvatti (quem diria) e rumores cada vez mais fortes dão como certa a candidatura de Esperidião ao Senado. Para o bem do Estado e motivado pelo ideal de renovação digo que esta possibilidade seria um enorme retrocesso. Novamente as viúvas do Amin irão contestar minha sugestão, mas deixo a elas a seguinte pergunta: Qual a motivação de Amin? Provavelmente a Tríplice Aliança vencerá as eleições para o Estado, e aí como vai ficar a briga de egos com representação cruzada no Senado Federal? Ou alguém realmente acha que Amin vai colaborar com o governo catarinense se a sua mulher não estiver no bloco dos vencedores? É por causa dessa política antiga, que Amin ainda pratica, que não vejo mais futuro para ele, mesmo que seu passado seja repleto de glórias e conquistas.

Série "20 certezas futuras"



Certeza futura número 6:

"Mentes criativas inventarão novas formas de esconder dinheiro, cada vez mais bizarras."