sábado, 22 de novembro de 2008

A História Nossa de Cada Dia


Lembro da primeira vez que ouvi a resposta para a pergunta "Porque estudamos história?". Eu tinha acabado de ingressar no ensino médio e a professora de uma forma rasa, mas para mim bastante reveladora, respondeu da seguinte forma: "estudamos história para saber de onde viemos, quem não conhece seu passado não compreende seu presente e dificilmente conseguirá planejar com destreza seu futuro". Até hoje lembro com carinho desse momento.
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O processo de auto-conhecimento passa muito pelo retorno às origens, ou seja, investigar o passado da sua família. Os ritos e costumes atuais poderão ter ligação direta de alguma forma com a maneira como os nossos antepassado percebiam a realidade a sua volta. Não procure por ligações tão simplistas como preferências culinárias, vasculhe o baú familiar e entenderás com um pouco mais de clareza porque tomar algumas decisões parece tão fácil e outras um enorme sacríficio. A busca pelo auto-conhecimento histórico trará uma linha de valores, o que consideramos certo ou errado e o ordenamento prioritário de nossas necessidades. Observe!
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Não dê as costas para as suas raízes, elas são a sua essência.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Plano de Enfentamento de Crises

Ontem cheguei em casa às 4 horas da manhã após uma desgastante viagem de volta de São Paulo. Meu vôo, previsto para aterrissar em Florianópolis a meia hora do dia 13/11, possuiu um atraso de 3 horas e meia devido a problemas ligados a normas operacionais do Aeroporto de Congonhas e a falta de um plano emergencial para enfrentamento de crises por parte da empresa Gol Linhas Aéreas.
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Para mim tudo era festa. Tinha viajado à São Paulo para participar do processo de seleção de trainees para a Ford do Brasil. Dos 26.000 candidatos que inscreveram-se no processo só haviam sobrado 1.200, a etapa de ontem selecionará 250 e a última garantirá a vaga a 25 jovens executivos. O funil estreito antecipa uma recompensa grandiosa, pois os 25 eleitos serão preparados pelos maiores executivos da companhia (brasileiros e estrangeiros) para assumirem cargos de decisão na empresa. Para um administrador essa chance pode ser comparada a encontrar o bilhete dourado do filme "Willy Wonka e a Fabulosa Fábrica de Chocolate", na versão original não aquela babaca do Jonnhy Depp.
Passada a etapa, já com o sentimento de dever cumprido, me dediquei ao turismo na maior metrópole brasileira, para mim a "cidade dos táxis". Após o breve passeio, já com enorme saudade da terrinha, me desloquei (de táxi) ao Aeroporto de Cumbica. Aí a coisa começou a ficar "afro-brasileira" (o termo preta é politicamente incorreto)...
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O vôo marcado para às 22:20 já atrasara e mudara de portão, embarcamos todos ás 22:30 e no avião permanecemos parados por aproximadamente 32 minutos, tempo suficiente para o Aeroporto finalizar as operações do dia e exigir o redirecionamento dos vôos para Guarulhos. O problema é que outros 5 vôos também tiveram a mesma sorte (ou azar neste caso), deste 4 da Gol. Imaginem a cena: 2 mil e muitas pessoas aguardando a chegada de táxis (olha eles denovo aí) para a realização do translado Congonhas-Cumbica, totalmente perdidas e sendo enfiadas dentro dos automóveis sem muita explicação ou informação. Caos? Nas palavras do funcionário da companhia: "isso acontece semana sim, semana não, semana sim, semana não...." (ele repetiu essas frases mais algumas vezes).
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Onde está o plano de enfrentamento de crises da Gol? Calculem comigo:
2.400 pessoas
3 pessoas redirecionadas por táxi = 800 táxis
Média do valor da corrida Congonhas-Cumbica após 24:00 hrs: R$50,00
8oo táxis X R$ 50,00 = R$ 40.000,00 (por cima)
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Esta postagem objetivou demonstrar o abismo que existe entre alguns setores da economia nacional, enquanto a indústria automobilística investe pesado no futuro buscando corte de custos e aumento do lucro para sobreviver a pesada concorrência do setor, nosso transporte aéreo se dá ao luxo de pagar 800 táxis numa noite de Quarta-Feira.
Quero só ver quando a Gol vier a público dizer que está quebrada e solicitar ajuda do governo federal para continuar voando. Financiar, neste caso, seria premiar a incompetência.
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De passagem: o Aeroporto Hercílio Luz acaba de fechar a compra de 900 novos guarda-chuvas para embarque e desembarque de passageiros em dias de chuva.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Domingo com Fórmula 1

Que corrida emocionante foi este Grande Prêmio Brasil não? Há muito tempo não assistia uma corrida com tantos momentos marcantes e com um final tão eletrizante como a do último Domingo. Cheguei a desencalhar os velhos jogos de Fórmula 1 só para poder dirigir a Willians do Ricardo Patrese. Fantástico!
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Na minha opinião algumas considerações podem ser feitas após o desfecho da temporada 2008:

1) Hamilton mereceu (mas por apenas 500 metros), não me venham porém com essa história de "o primeiro negro..." que já encheu o saco;

2)Glock seu estúpido;

3)Vettel é o cara;

4) Piquezinho é um bundão (falar do Rubinho é fácil né?);

5) Barrichello e Coulthard: grandes nomes para a Stock Car 2009;
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Parodiando o já intensamente parodiado:
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Vaga na Renault: US$ 14 milhões;

Orçamento anual da equipe Force India: US$ 120 milhões;

A expressão do paddock da Ferrari após a confirmação das posições finais da corrida: Não tem preço!
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Moral da História: apressado come cru, comemora antes e paga o maior micão!

Até onde vai a imaginação?