segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O recado das urnas


De dois em dois anos elas se manifestam causando estragos e, por vezes, surpresas. No fim das contas a conta que vale é a sua contagem de votos, pesquisas à parte a voz das urnas é soberana e costumeiramente traz grandes lições aos grupos políticos, condenando conchavos e destronando poderes, até então, ditos constituídos. Em Santa Catarina, mesmo que tardiamente, mais uma vez percebeu-se o sentimento das ruas no recado das urnas.

Atônitos os observadores políticos tentavam entender como que a candidata da situação aparecia sempre à frente dos demais em solo barriga-verde, ‘onde estão estas pessoas que gritam Dilma?’. Seria um voto constrangido, oculto, envergonhado pelos seus motivos não republicanos que o justificariam ou estariam cegos aqueles que não conseguiam enxergar os  tão propagandeados "avanços" de um governo federal que, além das mais diversas demonstrações de incompetência e fisiologismo, transformou Santa Catarina num estado pedinte, fomentando o clientelismo, apesar do discurso do atual governador e o seu partido “nem esquerda nem direita”?
Aécio é fraco, sem carisma, o seu partido não merece confiança. As falas se repetiam e com a chegada do “Meteoro Marina” a opção parecia ter mudado de cor, seria ela a alternativa viável que os catarinenses desejavam? Não. Independente do crescimento nacional nas pesquisas a decolagem da terceira via não alcançava grandes altitudes entre os eleitores catarinenses, a pesquisa ainda indicava que o povo optaria por continuidade, apesar da estratégia de confundir do marqueteiro da candidata da situação que entoava “muda mais”.

A última pesquisa antes da eleição indicou, em plano nacional, a reação do candidato originalmente carimbado como a alternativa disponível, porém a percepção das pesquisas em Santa Catarina, teimosamente, ainda mantinha o grupo político da situação à frente, nesta ocasião por dez pontos percentuais (acesse). Que sina, os catarinenses teriam sido seduzidos pela fala confusa, o programa eleitoral infindável e estariam anestesiados com tamanha dose de corrupção que se deixariam levar pelo papo do “nunca antes na história desse país...”?
                
 A resposta, felizmente, é não. A medida que os votos que valem iam sendo computados o recado das urnas tornava-se mais claro, o Brasil se dividia em azul e vermelho e o nosso estado demonstrava o seu lado. Ao fim mais de 820 mil votos, 22% dos eleitores catarinenses, indicaram que, mesmo sem uma real alternativa, Santa Catarina fincava sua posição de oposição majoritária ao governo petista. Ainda que a eleição não esteja definida é sim muito confortante saber que em solo catarinense não estamos sós, aqui a urna esteve ao nosso lado e ela foi implacável.   
                  

quarta-feira, 23 de julho de 2014

terça-feira, 22 de julho de 2014

A maioria pacífica irrelevante

Às vezes é preciso um segundo olhar em relação a assuntos polêmicos como o preconceito e a utilização da força bélica por nações mais desenvolvidas. Conseguir enxergar os dois lados da questão é o melhor caminho para a criação de juízo sobre um impasse.
 
Por mais irônico que possa parecer, às vezes o caminho para a paz passa pela guerra.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

À propósito


"Quando o presidente Médici formou o gabinete dele, não me consultou. De modo que, para formar meu time, não preciso perguntar a ele"
João Saldanha, em 1969

Zé do Caroço


Está nascendo um novo líder
No Morro do Pau da Bandeira

Era para ser eu...


Estádio lotado, gritos por todos os lados, muita tensão no ar...
- Vamos entrar.
Pé direito na frente (não sou supersticioso, mas melhor não dar chance, não é mesmo?), a escadaria parece não ter fim. Já vejo bandeiras amarelas e o clamor da torcida, "é agora" - penso eu. O palco está lindo, mas as emoções se misturam, vontade e apreensão, toda uma carreira se resume a estas próximas horas. Lembro das arenas romanas, esqueço que é um jogo, isto é uma guerra e o meu povo torce e confia em mim.
 ...
Num flash rápido lembro da escola, da fila do chute no recreio, na divisão dos times e de como era bom não ser o último a ser escolhido, como era gratificante perceber a admiração dos colegas "você joga bem, quero você no meu time!". Ali nascia uma paixão, eu e a bola (presente obrigatório dos meus oito aos onze anos), "que roupa que nada mãe, eu quero uma bola nova!". Assim passaram-se os anos, as vitórias e as derrotas me ensinaram, muitas vezes de forma muito dolorida, mas você se esforça e vais se tornando cada vez mais intolerante com os fracassos, "eu quero, e posso, ser o melhor", "eu vou chegar lá". 
...
Quantas festas trocadas por peladas nas noites de sexta-feira, quanta vergonha aturada pelos pais quando me recusava a tirar a camisa do time do coração mesmo para os eventos mais elegantes? Porém quão recompensador era fazer o gol da vitória no campeonato estudantil? Aquilo era demais! O caminho estava traçado, não era gordo, nem magro, era rápido mas também inteligente nos passes, chutava com as duas pernas com igual desenvoltura, tinha talento, tinha futuro, tinha...
...
Em certo momento a escolha tem que ser tomada e se as portas demoram a se abrir você procura outro caminho, desfoca, é atraído para outras direções. Meninas (ahh como elas são fascinantes), o estudo "você precisa buscar o seu espaço, estudar para ter um bom emprego" e, logicamente, a realidade lhe fazem perceber que além de ser bom você precisa de muita sorte para ser o camisa dez de um grande clube, para ultrapassar a barreira do sonho e vivê-lo o universo precisa conspirar ao seu favor (as estatísticas nesse sentido não mentem). Você não percebe quando o bonde já partiu sem você, um sintoma primário é assistir outros moleques da sua idade estreando em grandes times, aí a ficha cai e o sentimento é de ter investido na máquina de escrever mais atual possível (dinheiro e tempo jogados fora). Lá se foram as tardes de sábado chutando bola, as noites de fins de semana sacrificadas e as festas. Se foram e não voltam, tudo perdido... Perdido?
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Nada é perdido, há sempre um ensinamento, uma grande lição. Fracassos só são realmente prejudiciais se enxergados como ao primeiro olhar nos parecem. Aprendi muito, me diverti demais e alguns daqueles amigos de pelada ainda são os meus melhores amigos (mesmo que temporariamente distantes). Não me tornei profissional, nunca joguei um grande campeonato, nunca vesti a camisa de um time de verdade (a não ser as que comprei) e muito menos cheguei à Seleção Brasileira, mesmo assim não me sinto perdedor. Ainda hoje quando assisto a uma jogo do Brasil, sempre, mesmo que ciente das minhas limitações técnicas e físicas, quase que num mantra obrigatório irracional penso comigo mesmo "era para ser eu".
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Pergunto então: e aqueles que seguiram, batalharam e conseguiram chegar lá, devem, mesmo após um grande fracasso, se sentirem perdedores? Eu entendo que não. São vencedores, mesmo que agora derrotados.
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Levantemos todos à cabeça compatriotas, a vida segue e os sonhos, seja eles qual forem e por mais distantes que nos pareçam estar, devem continuar a serem perseguidos. 
Seja o craque na ética, na civilidade, no profissionalismo que já poderá vestir a camisa 10 amarelinha cheio de orgulho e sensação de dever cumprido!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Os Tortuosos Caminhos Catarinenses


Viajo por toda Santa Catarina para ministrar treinamentos a gestores em diferentes indústrias. A maior parte dessas viagens é feita de carro. É impressionante que um Estado com tanta riqueza e diversidade de produtos e serviços ainda consiga elevados índices de desempenho, quando levamos em conta a péssima infraestrutura disponível. Saber que existe apenas a opção das rodovias é ter a incerteza de tempo de chegada, o risco de fatalidades e um custo mais elevado de processos.

Empreendedores confiam seus maiores bens — produção e resultados — em uma única opção de logística: as péssimas rodovias. Nelas, vemos carros disputando espaço com caminhões (muitas vezes com excesso de carga), transitando em rodovias esburacadas, sem acostamento e com asfalto precário. Ao longo do caminho, sobram acidentes que não são ocasionados apenas por imprudência dos motoristas, mas também pela falta de condições mínimas de tráfego e de sinalização adequada. Entendo que o problema da infraestrutura não está apenas em Santa Catarina
.
Infelizmente, a baixa qualidade oferecida pelos governos federal, estadual e municipal ocorre em todo o Brasil. Segundo o Índice de Competitividade Global (ICG), que inclui 146 países, em qualidade de infraestrutura o Brasil é o 103o em ferrovias, 120o em rodovias, 123o em aeroportos e 131o em portos. Por que não investir em ferrovias para escoar a produção? Por que não investir em portos e não melhorar as rodovias catarinenses? Talvez as respostas não existam, pois do alto de helicópteros e jatinhos nossos governantes não conseguem enxergar essas mazelas. Enquanto isso, seguimos firmes, levando o progresso no suor e na alma e lutando contra a desgovernança em que vivemos.

por Ramiro Zinder
Empresário e doutor em Psicologia

O Debate das Consequências


Em relação ao ocorrido na UFSC ontem, mais do que os comentários raivosos de ambos os lados, me chocou a superficialidade do debate em níveis epidérmicos, os pontos, contrapontos, justificativas, berros e xingamentos são direcionados às consequências e não as reais causas dos problemas naquele episódio expostos.

Está muito claro que a atual forma de lidar com a dependência em drogas da população e seus produtos (acidentes e violência) é um fracasso por parte das diversas instâncias governamentais no Brasil. Hoje há um poder paralelo sendo fomentado, a excitação pelo proibido atrai cada vez mais jovens para o consumo dos entorpecentes e a pergunta emitida pelos filhos para seus pais "e porque bebida alcoólica pode?" nos deixa todos em situação constrangedora. Sugiro, a quem ainda não teve oportunidade, assistir ao documentário Quebrando o Tabu que disponibilizo neste espaço. Serve para reflexão sobre formas alternativas, quiçá mais inteligentes, de lidar com essa causa que nos traz muitas consequências.

A UFSC historicamente é uma ilha dentro da Ilha, ilha cosmopolita (pelo mosaico de culturas que ali interagem devido a migração de alunos dos mais diversos cantos do país e do mundo), ilha esquerdista (pela prevalência desta ideologia entre seus professores e gestores encravados numa sociedade predominantemente conservadora) e ilha liberta (devido a, questionável, liberdade de pensamento, expressão e não intervenção policial dentro do seu território - denominada autonomia universitária), mas assim como numa visão de um oásis, estas características idolatradas e defendidas a ferro e fogo por alguns, por vezes podem gerar conflitos quando os seus limites são ultrapassados, os defensores veem seu oásis se transformar em miragem e os "invasores" não conseguem compreender/enxergar a linha que deixaram para trás.

...

"O Delegado está errado", "a Reitora está errada", sinceramente? Errados estamos todos nós jogando para debaixo do tapete as grandes questões desse país por pura covardia de encarar de frente os nossos reais problemas.


Link para íntegra do documentário "Quebrando o Tabu":
https://www.youtube.com/watch?v=tKxk61ycAvs

segunda-feira, 17 de março de 2014

Hobbes e o poder incomparável



"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".

Ayn Rand

Pharrell e suas 24 horas de felicidade

Pharrell Wiliams, cantor, compositor, produtor preparou uma novidade para o lançamento da sua música Happy, criou um clipe de 24 horas com cenas de pessoas comuns dançando a canção em passeios por várias cidades ao redor do mundo.

Acessando o site 24hoursofhappy.com você pode acompanhar estas performances ao som dessa deliciosa canção.

Baita ideia!

Que tal gravar a sua própria versão de Happy?

Finlândia em crise: o welfare state em questão

(http://www.fecomercio.com.br/blog/2012/01/30/carga-tributaria-nao-garante-qualidade-de-vida/) 

Criadas em berço de ouro, nutridas por ambientes econômicos favoráveis as economias nórdicas são sempre colocadas em pauta nos discursos dos defensores de maior intervenção estatal nas economias nacionais, o modelo de bem estar-social, com alta tributação e grande paternalismo estatal, o welfare state, seria então inquestionável.

Porém as últimas notícias não são tão boas  assim e colocam em xeque essa "verdade inquestionável". 

Segundo matéria de O Globo de ontem o modelo vem dando grandes sinais de desgaste na Finlândia, movimento que exigiria reformas urgentes e a adoção de um plano de austeridade que visa cortar até 3 bilhões de Euros do orçamento governamental, o PIB da Finlândia, em descompasso com a média europeia que sinaliza recuperação, fechou 2013 com queda de 1,4%,  nos últimos vinte anos, período no qual foram intensificadas a adoção e ampliação de políticas paternalistas (assim como a contrapartida tributária), a economia finlandesa demonstrou perda de competitividade, a Nokia, empresa cuja operação chegou a representar sozinha mais de 4% do PIB do país está perdendo espaço e as indústrias naval e metalúrgica passam por grandes dificuldades.

Apesar de fortalecerem o discurso dos bons resultados como educação de qualidade, baixo nível de corrupção e formação de capital humano destacado, os países que adotaram o welfare state terão que rever seu modelo buscando dinamizar a competitividade das suas empresas e o peso tributário das suas políticas públicas para manutenção do atual nível de qualidade de vida oferecido aos seus contribuintes, sob risco de suecos, noruegueses, dinamarqueses e, principalmente finlandeses, não continuarem sendo utilizados como exemplos de sucesso da adoção de modelos com alta intervenção estatal por defensores de estratégia semelhante em países um tanto quanto distantes geograficamente (também de história e riqueza econômica) da região da Fino-Escandinávia europeia.     

terça-feira, 11 de março de 2014

Espaço Aberto (versão 2014)


Há seis anos, por outros motivos é verdade, já havia manifestado minha indignação em relação as atitudes inapropriadas da Construtora Espaço Aberto, por meu azar, então minha vizinha de rua.

Alguns a conhecem como a empreiteira que possuí em seu quadro de colaboradores mais advogados que engenheiros, eu a conheço como espaçosa mesmo:
http://novasdomundonovo.blogspot.com.br/2008/09/espao-aberto.html

Há ainda uma inquietude geral em relação a leniência histórica do Executivo Estadual em relação aos atrasos de suas obras e a, suspeita, "vista grossa" do Tribunal de Contas do Estado em relação aos seus constantes pedidos de aditivos contratuais, inclusive na construção da nova sede do TCE, realizada pela mesma Espaço Aberto, conforme informa o jornalista Sérgio Rubim no seu blog:
http://cangarubim.blogspot.com.br/2014/03/o-roto-falando-do-descozido.html

Entre as obras que estão sobre a sua responsabilidade atual destacam-se a duplicação da SC 403 (que liga os Ingleses à SC 401), a reforma da Ponte Hercílio Luz e a chamada "Transavaiana", obra que promete desafogar o trânsito no Sul da Ilha de Santa Catarina e que, justiça seja feita, neste caso está mais atrasada devido a "obstáculos ambientais" que por incompetência da referida empreiteira.
...
Tirem as suas próprias conclusões. Façam o seu próprio juízo.


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

I belong with you...

...
I've been trying to do it right
I've been living a lonely life
I've been sleeping here instead
I've been sleeping in my bed,
I've been sleeping in my bed
...

Fumou mas não tragou?

http://oglobo.globo.com/economia/roberto-carlos-nao-tocou-no-bife-diz-fernando-meirelles-sobre-campanha-da-friboi-11747664

Meu crime? Empreender no Brasil



Ao ler hoje o artigo do Sergio Barcelos no Globo, que versa sobre as dificuldades de ser empreendedor no Brasil, fui tomado por uma inquietação enorme, uma vontade de gritar e de buscar opções de negócios fora do meu país de origem. Ao retornar os olhos ao notebook um pop-up de cursos preparatórios para concursos públicos no país, o que para alguns seria um sinal divino, para mim soou como uma provocação. Decidi então escrever sobre o que acho da rotina ingrata de viver como empresário num país que fomenta a dependência do estado ao mesmo tempo que cria uma trilha de martírio para os seus empreendedores.

As diferentes instâncias de governo atualmente quase que obrigam os empresários a cometerem "desvios" e atuarem de forma ilegal, a sonegação fiscal é endêmica e acaba penalizando os bons pagadores em detrimento daqueles que fraudam o sistema com a defesa que "se assim não fizer, vou a falência no próximo mês".  Não à toa os escritórios de contabilidade estão faturando como nunca, assim como os escritórios de advocacia administrativa...

A verdade é que não se percebe se percebe um movimento estrutural de desonerações em prol do empreendedorismo e, por consequência, da inovação da indústria brasileira, as ações são pontuais, temporárias e, quase sempre, voltadas para ramos com interesse eleitoral dos gestores eleitos pela mesma população que foi as ruas em junho exigir melhores serviços públicos. Irônico não?

Não à toa a busca pelo emprego público tem crescido tanto no Brasil, aproximadamente 70% dos jovens brasileiros recém formados no ensino médio sinalizam o serviço público como a opção mais desejada de carreira, o que para alguns pode soar como nacionalismo ou patriotismo na verdade indica uma clara opção pela estabilidade e a notória falta de confiança na economia brasileira. Uma saída "fácil".

Como consequência dessa realidade temos o aumento do peso da máquina estatal, fato que acaba atuando como justificativa para os aumentos de impostos e, por consequência, da dificuldade de empreender no Brasil. O ciclo maligno assim se fecha tornando o Brasil fadado a vendedor de commodities ad eternum, sem agregação de valor aos seus produtos, cada vez mais dependente das economias da inovação e sensível as flutuações do comércio mundial. Nossa indústria não é competitiva, nenhuma política protecionista consegue disfarçar essa realidade.

Não me refiro aqui a um problema criado por um partido apenas ou uma gestão, minha angústia é em relação a passividade histórica do povo brasileiro e a sua dependência, em progressão geométrica, do estado. A previdência social com seu déficit galopante é uma bomba-relógio, pronta para explodir. A população exige seus direitos muitas vezes esquecendo seus deveres, reclama do atual modus operandi, onde paga caro pelos serviços e recebe um péssimo retorno em todas as áreas, porém não luta, não discute, não se envolve e na próxima eleição volta a votar mal. O brasileiro é aquele cliente que reclama que o prato está sujo, esbraveja quando paga a conta entretanto volta a frequentar o restaurante. A mudança começa desse lado da mesa, não espere que os históricos beneficiados por um modelo paternalista, porém omisso, resolva esta questão por você.

Sei que mudança é gradual, lenta, mas deve iniciar o quanto antes, do contrário o Brasil perderá a sua janela de oportunidades e também o bonde da história. Se individualista realmente fosse, não perderia meu tempo dividindo minhas angústias através de um texto, é muito fácil entrar no esquema e viver com luxo, mas e a consciência?

A esperança está por um fio, o patriotismo também.