domingo, 22 de abril de 2012

Perseverar

"Estou convencido de que cerca de metade do que separa os empreendedores de sucesso daqueles malsucedidos é a pura perseverança."
Steve Jobs

O estado no seu devido lugar

Grécia quebrada, Portugal, Espanha e outros países da Europa em condições difíceis requisitam ajuda da União Européia e do Fundo Monetário Internacional para reequilibrarem suas contas. O que há em comum entre as condições impostas pelos organismos para iniciarem as negociações? Diminuição do tamanho do estado, controle dos custos da máquina pública e revisão das políticas comerciais externas dos países. A entrevista do primeiro ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, às paginas amarelas da Veja de 18 de abril de 2012 passa um recado claro ao governo federal brasileiro: protecionismo não é a saída para competir no mercado atual e o tamanho do estado será determinante para que o país mantenha sua vantagem competitiva atual.
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Quem avisa amigo é. Sem meias palavras o primeiro ministro português deixa claro que as causas da atual situação portuguesa foram criadas por eles mesmos, num misto de incompetências e "apelo social" Portugal cavou a própria cova com benesses públicas com as quais não poderiam arcar e também com falta de gestão profissional das empresas estatais que impulsionam áreas críticas da economia local. Num momento de crise, o país exposto, não conseguiu lidar com o peso das despesas sociais crescentes devido a onda de desemprego. Os benefícios concedidos em épocas de calmaria se tornaram armadilhas mortais num momento no qual a austeridade fiscal pode ser o fiel da balança numa situação de alerta como vive a Alemanha e de completo caos como a qual se enfiou Portugal.
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Algumas das ações que Passos Coelho vem liderando são extremamente antipáticas como a privatização de empresas portuguesas de renome como TAP (transporte áereo), Águas de Portugal (saneamento), dos setores energético e correios. Também contando com o argumento que os portugueses precisam trabalhar mais acabou com quatro feriados nacionais. Medidas rudes? Sim, mas que parecem estar dando resultado. O governo português realiza um trabalho semelhante ao iniciado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso quando buscou privatizar empresas estatatais com baixíssimo retorno e gastos astronômicos, a idéia era que o estado estivesse no seu devido lugar, fiscalizando e não oferendo os serviços fins à população.
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Imagino que sempre é mais fácil, e portanto menos dolorido para seu povo, quando um governante aprende com os erros de outros países e revisita suas atitudes buscando adequar-se a uma realidade que parece clara. No Brasil, o povo sem memória, vive o hoje, não entende que a busca contínua pelo equilíbrio econômico conjunto do país trará benefícios individuais duradouros e delicia-se com as possibilidades tentadoras de ganhos pontuais em detrimento de um avanço realmente estrutural.
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Não percebo atitudes firmes da atual presidenta para que o estado brasileiro atue como o mercado exige, com exceção da não mais postergável privatização dos aeroportos, as medidas tem sido populistas visando altos índices de popularidade. Mas e aí, num futuro próximo, quem vai pagar a conta? Teremos que chamar o ex-presidente Fernando Henrique para novamente arrumar a casa? Talvez ele não aceite mais esse papel.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Relatividade temporal


"Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende
de que lado da porta do banheiro você está."
Barão de Itararé

A Opinião Pública

Quando questionado sobre minhas pretensões futuras, normalmente com conotações sobre carreira política, digo que cada vez que conheço mais sobre a vida de políticos me afasto desta possibilidade de carreira. A segunda pergunta é óbvia: - Por causa da roubalheira né?
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Penso que um político é uma representação de uma parcela significativa da população, numa sociedade com altos índices de corrupção nos seus cargos públicos há um indício de representatividade de eleitores também corruptos. Muitas vezes a oportunidade faz o ladrão, alguns, mesmo que queiram, nunca terão esta possibilidade. O honesto é aquele que não peca mesmo quando está sozinho.
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Me causa, portanto, bastante estranheza quando um réu confesso é apoiado pela opinião pública, aparentemente nossa sociedade brasileira quer justiça, mas dependendo do caso. A grande maioria dos brasileiros são caixas de ressonância, por essa razão o quarto poder (mídias) não é eleito mas possuí uma influência enorme na construção da opinião pública. Se esta opinião fosse infalível não precisaríamos de Supremo Tribunal Federal, todas as questões polêmicas do país seriam resolvidas através de plebiscitos. O pensamento grupal é movido por paixões e, sujeitos apaixonados, não raciocinam de forma justa. Elegemos mal em grupo, tomamos decisões equivocadas pela preguiça de formarmos nossa própria opinião.
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Julgamos nossos representantes como incapacitados, inúteis, aproveitadores, etc... Quantos destes julgadores participam de associações que visam planejar o futuro da comunidade na qual vivem? Assim como existem maus médicos, péssimos jornalistas, administradores sofríveis, advogados corruptos, também são conhecidos políticos com caráter questionável. A diferença entre estes casos é que somente na última ocupação a escolha de "contratar" seu serviço é sua. Se você não tem critério suficiente para separar o joio do trigo é omisso, se é omisso assina cheque em branco, se assina cheques em branco poderá esperar problemas futuros.
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Sempre achei um privilégio enorme ser um representante devidamente eleito, a responsabilidade de suprir as expectativas criadas é um combustível fenomenal para a auto-reinvenção e para que possamos conseguir superar nossas próprias expectativas. O grande legado futuro de um ser humano é deixar uma marca de sua passagem enquanto em vida, imagine a amplitude dessa satisfação caso o impacto seja multiplicado por ter afetado positivamente múltiplas vidas? Fantástico.
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O que me faz repensar sobre tudo isso é a opinião pública, o pensamento generalista predominante assusta aqueles que pensam em fazer a diferença. Até que ponto valerá a pena sacrificar a própria vida em prol de um povo que sequer entende que boa parte dos seus problemas está ligado a suas próprias atitudes?

Testamento

O médico atende um velhinho milionário que tinha começado a usar um revolucionário aparelho de audição:
- E aí, seu Almeida, está gostando do aparelho?
- É muito bom.
- Sua família gostou?
- Ainda não contei para ninguém, mas já mudei meu testamento três vezes.
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terça-feira, 3 de abril de 2012

Millor

"Sou humorista nato. Muita gente, eu sei, preferiria que eu fosse humorista morto, mas isso virá ao seu tempo. Eles não perdem por esperar."
Millor Fernandes