segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012 - Um ano em cinco destaques

Teló, Bóson de Higgs, olimpíada, mensalão e eleições.

2012....13


Hoje no alto dos meus 28 anos posso ver as coisas um pouco, bem pouquinho vai, mais claras. Este ano foi um divisor de águas e me mostrou que não podemos viver de ideologias apenas. A mente foi afetada, o coração transformado.

É chegada a hora de pensar um pouco mais nos meus próprios projetos, dar um passo para trás objetivando dar saltos futuros para frente, sempre!
Torço para que 2013 seja um ano de realizações mesmo, não apenas no discurso, começar de novo, tentar o que ainda não foi e correr atrás da felicidade plena.
Pretendo ser tolerante, fechar ciclos para iniciar novos, a zona de conforto já não me prende mais, é momento de ousar.

Vamos juntos?

Desejo à todos uma excelente virada, com paz, sossego e um 2013 repleto de saúde, sucesso e muitas, mas muitas conquistas!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!


Final de ano é tempo de celebrar, mas também de refletir.
Como estamos vendo o mundo a nossa volta? De forma otimista, pessimista? Nos damos ao trabalho de analisar todas as perspectivas? Às vezes tudo é uma questão de referencial, de como ...analisar, de como se comunicar. Esperamos demais dos outros e nos esquecemos que a mudança começa de dentro para fora.
O vídeo disponibilizado fala um pouco sobre isso, se continuarmos fazendo tudo da mesma forma que sempre fizemos não atingiremos resultados diferentes, tornaremos nossa vida pesada, sacrificada e nada prazerosa.
Altere a comunicação, reinvente sua visão, o mundo tratará de acompanhar essa onda de mudança!

Um feliz natal à todos!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Aprendendo a perder

 
Nunca é fácil admitir uma derrota, um gosto amargo logo vem a boca e o coração palpita sem parar. Reconhecer é, acima de tudo, ser sincero consigo mesmo: - Perdi!
...
Em alguns casos você perde só, essa é bem dolorida, outras perde coletivamente, talvez a mais frustrante pois a derrota não é exclusivamente ligada as suas próprias decisões. Em tempos de derrota surgem várias lições, a principal, humildade.
...
Você pode ser derrotado num projeto profissional, na conquista de uma paixão arrebatadora ou ainda num simples jogo de futebol. Todas envolvem sentimentos, suas peculiaridades e seus impactos na vida do derrotado são diferentes de acordo com a visão de cada um.  Alguns vivem para trabalhar, outros trabalham para viver, existem ainda os passionais e os racionais, os competitivos e os nada competitivos. Estes termômetros, relacionado com a atenção direcionada para cada área, indicam os níveis de estresse por derrota.
...
Me descobri intenso em todas essas áreas e, confesso sem falsa modéstia, ter comemorado muito mais vitórias que derrotas na minha vida nas que sempre mais me interessaram. Este foi um ano diferente, de muito aprendizado e de algumas derrotas bastante doloridas.
...
Sacode a poeira e dá a volta por cima!
...
É tempo de recomeçar, reconstruir, se reinventar. Esquecer o que deu errado e correr atrás do que poderá trazer felicidade plena futura. Revisando as metas, percebe-se que talvez o errado tenha sido a definição destes objetivos. Devaneio? Idealismo? Soberba?
...
Sinceramente este é um dos primeiros finais de ano nos quais eu realmente torço para que acabe logo, estou ansioso pelo novo ano e o que ele poderá me oferecer.
...
Entre mortos e feridos salvaram-se todos: enquanto há vida, há esperança!  

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

As Chaves Pretas



...I wanted love, I needed love,
 Most of all, most of all
 Someone said true love was dead
 And I'm bound to fall, bound to fall
 For you
 Oh, what can I do?...

Mais uma dele

O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.

Albert Einstein

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A verdadeira corrente


Boas ações, pequenos gestos. Passe adiante, sempre!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O muro

Lá de cima posso ver o mundo
É tranquilo, seguro
Talvez não me notem aqui
E se nunca me perceberem?
 
Quem sabe à direita?
Ou então à esquerda?
Na indecisão, melhor aguardar
Minhas pernas dóem
 
Sempre fiquei aqui
Porque sair agora?
Minhas idéias, são só minhas
Me sinto mudo
 
Para aonde vão todos?
Será perigoso?
Melhor calar-me
Virão me  buscar?
 
Devia ter escolhido
Me posicionado
Fui covarde
E agora estou só
 
....
A vida passa, com uma velocidade muito superior a que a sua vã filosofia possa compreender.
Na dúvida, fale, na questão, se posicione, no medo, reaja.
...
Saia de cima do muro.  
 
 
Em geral, chamamos de destino as asneiras que cometemos.

Arthur Schopenhauer

A gente é quem sabe pequena...




"..ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar..."

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Sobre a greve

Por já ter estado dos dois lados da mesa, ocupando cargo comissionado e atuando como servidor estatutário da Secretaria de Estado da Saúde, me sinto na condição de poder comentar da forma mais isenta possível sobre a atual situação de greve nos serviços de saúde públicos estaduais, mais pontualmente em suas unidades hospitalares e o Hemosc, que afetam os pacientes que mais necessitam do atendimento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde.
...
Primeiramente devo admitir que sim, os servidores da saúde que vestem a camisa, aproximadamente 60% do total, possuem salários defasados frente aos vencimentos recebidos por servidores de outros órgãos estaduais como Tribunal de Contas do Estado, Assembléia Legislativa e Secretaria da Fazenda. Assim como em todos os órgãos públicos que possuem estabilidade, na Secretaria da Saúde estadual existem os servidores que produzem e, com muita razão, mereceriam um holerite mais polpudo que os outros que também estatutários e ligados ao mesmo órgão, além de comprometerem o resultado global da instituição com atuações medíocres, quando podem roubam o erário público se beneficiando de brechas legais para aumentos salariais e ganhos indevidos de gratificações eventuais, como horas-extras por exemplo.
...
É verdade porém que o mercado regula os ganhos por categoria, o maior número proporcional de pedidos de exonerações dentro da Secretaria de Estado da Saúde está ligada a classe médica que, contando com sua capacidade de empregabilidade, deixam a estabilidade de lado por projetos financeiramente mais atrativos e/ou mais interessantes. Neste ponto enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos administrativos e outras classes laborais sabem que o mercado lá fora ainda não compensa em muitos casos abrir mão de uma benesse questionável como a estabilidade e um salário fixo no fim do mês por uma aventura na iniciativa privada que, em sua maioria, ainda paga pior e com menor complemento de benefícios que a iniciativa pública, neste caso específico, estadual.
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A hora-plantão foi criada como exceção e com o passar dos anos, por interesse mútuo de servidores e gestores, foi se tornando regra. É bastante difícil hoje em dia encontrar um servidor lotado num hospital da rede estadual que não realize horas-extras, sejam elas horas-plantão (com remuneração 1,5 mais interessante em relação a valor que uma hora normal de trabalho regular) ou sobreavisos (0,5 do valor de uma hora normal de trabalho e sem exigência de presença no local de trabalho, sendo acionado em casos de emergência). Para o governo estadual, ou seja para o erário público, hoje, também devido as progressões funcionais dos servidores, é mais intessante financeiramente contratar novos servidores com carga horária de 30 horas semanais que pagar horas-extras como atualmente está, praticamente, institucionalizado. Em termos simples é uma proporção de economia na faixa de 40%, ou seja, com o mesmo investimento o estado terá maior capacidade de oferta de serviços, consequência da possibilidade da contratação de novos servidores.
...
Logicamente os servidores que atualmente efetuam horas-extras, como passarão a não mais executá-las após a nomeação dos novos servidores contratados em contrapartida ao corte destas gratificações eventuais, sofrerão perdas financeiras individuais, ou seja, haverá um impacto social, muito mais grave nos casos de servidores que, inadvertidamente, comprometeram seus ganhos eventuais com compromissos longos e, por vezes, empréstimos impagáveis.
...
Assim surgiu a atual greve na saúde estadual e após a primeira paralisação o Governo Estadual prometeu rever essa estratégia até segunda ordem, deixando prevalecer o interesse privado/individual sobre o interesse público na busca por não criar prejuízos imediatos para a população. O ganho de servidores que atingiria todas as unidades hospitalares cessou e tudo voltou a estaca zero. Mesmo com a promessa de não cortar horas-extras até a negociação da data base dos servidores estaduais em fevereiro do próximo exercício, o movimento grevista não se viu satisfeito e apresentou nova pauta com pouquíssimo apelo frente à opinião pública: trabalhar menos e ganhar mais.
...
As negociações engessaram a partir daí  e, sem capacidade financeira presente e futura para oferecer maiores ganhos para os servidores, o governo manifestou sua intenção de apenas negociar ganhos futuros após o fim da greve. Após esta declaração governamental, ações que poderiam ser classificadas como terroristas foram executadas por pessoas ligadas ou insulfladas pelo Sindicato de Servidores da Saúde, o Sindsaúde. O resultado foi óbvio, a população que já não se sentia sensibilizada com a atual epidemia de greves no serviço público em todas as esferas governamentais, não perdoou as atitudes dos grevistas da saúde catarinense. Hoje o governador, apesar da pressão pelo retorno da oferta regular de consultas e cirurgias eletivas, tem apoio da maioria da população, mídia e justiça em manter a posição de que somente haverá negociação com retorno dos grevistas ao trabalho.
...
Entendo que as conquistas salariais se dão num planejamento de décadas, de preferência através de uma tabela de progressão previamente estabelecida e pautada em critérios de meritocracia e eficiência, ou seja, com resultados diretos para o maior interessados no serviço, a população. Aumentos salariais lineares (para todos os servidores indistintamente) são condenados pela opinião pública e, com certeza contraproducentes. Importante destacar que a estratégia do sindicato da saúde é a mesma há quase cinquenta anos,  a paralisação dos serviços. Claramente ela não funciona e não possuí apelo público. A pergunta que fica é: a quem interessa uma estratégia falida, que ataca diretamente quem poderia respaldar suas reivindicações?
...
A greve é mais uma consequência do falido sistema de vínculo empregatício adotado pelo serviço público no Brasil. A estabilidade mata o indivíduo através de uma intrincada lógica na qual, falsamente seguro pelo vínculo e salário estáveis, ele começa a depender totalmente do estado, torna-se obsoleto pela falta de interesse em capacitar-se  para galgar avanços na carreira e boicota novos projetos que possam destruir sua zona de conforto, mesmo que estes projetos beneficiem uma parcela considerável da população que paga o seu salário.
...
O serviço público como se apresenta se demonstra cada vez mais inviável, ao primeiro olhar saltam as consequências superficiais, somente um olhar mais apurado consegue identificar as reais causas que tornam a manutenção dos serviços executados diretamente pelo governo ineficientes e caros. Caberá ao governante que tenha real compromisso com o bem estar da população e valorize os impostos pagos por ela, realizar o tão sonhado choque de gestão, mexer nas estruturas que já não mais sustentam o interesse público e sim privados (inclusive interesses privados de servidores públicos).
...
Sabendo que a compra dessa briga possa lhe custar a próxima eleição,  há alguém disposto para o serviço? 

Dia especial


"Se alguém já lhe deu a mão e não pediu mais nada em troca, pense bem, pois é um dia especial..."

A benção


"A religião supre o juízo e a razão que falta em muita gente."
 
Marquês de Maricá

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Reta final



Sempre gostei de política, lembro bem das campanhas de 1994 (Fernando Henrique Cardoso - "Levanta a mão, levanta a mão, Fernando Henrique é o Brasil que vai vencer..." e 1996 (Vinícius Lummertz - "Vinícius é querido, Florianópolis é querida, Vinícius é 25, pra mudar a nossa vida...".  Achava um barato acompanhar o avanço das pretensões de voto nas pesquisas e a visão dos candidatos sobre o território que desejavam governar. Hoje entendo que além de "torcedor" tenho que deixar imperar a visão de morador, de contribuinte e, principalmente, de cidadão.  Como as ideologias se perderam com o tempo e hoje os partidos (viavéis) não debatem mais questões estruturantes e sim como vão tocar suas administrações frente a realidade que está a  nossa volta, acredito que o importante é votar em projetos e não em promessas.
...
Trazendo este assunto para a nossa querida Florianópolis, que para um candidato é o pior lugar do mundo para se viver e para o outro é um paraíso, percebemos claramente uma inclinação da população no voto em partidos conservadores. Santa Catarina é um estado conservador, não aventureiro e desiludido com promessas popularescas de mudanças radicais. Somos mais inteligentes que os demais? Talvez não, mas com certeza somos mais realistas. A decepção com o governo petista foi enorme, fomos claramente prejudicados por sermos mais eficientes e ficamos esquecidos pelo governo federal que nos usurpa 70% de todos os impostos pagos e nos retorna muito pouco desse bolo. Florianópolis, mais especificamente, tem péssimas lembranças do governo da Frente Popular capitaneada pelo prefeito Sérgio Grando que, apesar do rosto amigável, não foi nada amigo da cidade.
...
Uma boa surpresa dessa eleição foi a considerável opção do eleitorado pelo técnico Elson Pereira do utópico PSOL, considero muito mais um fonômeno ligado a deficiência dos outros candidatos que pela própria força do candidato socialista (sim ele defendia uma sociedade socialista). Pereira é o típico acadêmico laureado por seus estudos, mas ignorante em gestão, na prática um ótimo consultor, na teoria dos "revoltados perseguidos pelo sistema", a válvula de escape possível. O que falta em Elson, sobra em Gean, o que falta em Gean, sobra em Elson. César é um mezzo a mezzo e Ângela tropeçou na própria história, trocou seu passado "combativo" pela possibilidade de se tornar viável. Sua baixíssima produção na Assembléia destruiu a imagem da mulher guerreira e o repetitivo mantra do apoio do governo federal não emplacou, foi uma eterna coadjuvante, mostrou despreparo para lidar com a situação de terceira opção e, por algum tempo, líder nas pesquisas. Confesso, no primeiro turno fui muito mais anti-Ângela que pró qualquer candidato.
...
O segundo turno é realmente uma nova eleição, quase impossível de determinar uma migração dos votos dos candidatos derrotados. Pode ser Pepsi? Qual o critério a ser utilizado por aqueles que depositaram o voto num candidato que não vingou para definir quem será o fiel depositário de sua confiança nessa nova corrida eleitoral? Ouve-se muitas declarações de voto nulo, mas internamente todos nós sabemos o quão importante é manifestar sua vontade, mesmo que não seja a primeira imaginada. Aliás o voto anulado é uma consequência dessa idiota obrigatoriedade de votar, se o indivíduo por si só não compreende o peso de ter seu voto registrado, porque o governo deve obrigá-lo a fazer isso? Mesmo assim digo e repito: votar nulo ou em branco é uma imbecilidade pois alguém irá governar a sua cidade, vote você nele ou não. Prefere com ou sem anestesia? Não tenho saída, a obturação terá que ser executada, melhor que ainda possa optar pela forma menos dolorosa de encarar essa situação.
...
Não amparo meu voto em pesquisa, sou aquela porcentagem da população que não se importa em perder, desde que tenha sua consciência tranquila em ter votado naquele projeto que mais lhe apeteceu. Eleito o novo gestor farei meu papel de cidadão da mesma forma, criticando, sugerindo e colaborando para que a nossa cidade, estado ou país avance nas mãos do eleito pela maioria. E viva a democracia! 
...
Gean e César, César e Gean disputarão voto a voto a cadeira de prefeito de Florianópolis até a próxima consulta que realmente vale: a das urnas. Gean está focado neste objetivo e revigorado com a possibilidade da disputa no segundo turno, mas deve tomar cuidado com as alianças que está construindo para obter a vitória: "me diga com quem te alias e eu te direi quem será teu secretário da saúde, de obras e gerenciará o IPUF". César venceu o primeiro turno mas está ressabiado, sabe que conta com uma torcida contrária maior que seu oponente, quando líder poderia ter administrado melhor essa posição e não o fez, possuí consultores em áreas estratégicas que me arrepiam só de pensar que poderão compor seu governo.
...
Não declararei aqui meu voto, até porque sinceramente ainda tenho dúvidas reais sobre seu destino, mas já determino de antemão, apesar do que dizem os colunistas regionais de política que sabem de tudo e de nada ao mesmo tempo, a grande vencedora desta eleição em Santa Catarina: a tríplice aliança.    

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Memória curta

 
Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta.

John Galbraith

Clássico (mais atual que nunca)


No já longíquo ano de 1994, quando o Brasil após 24 anos se tornava novamente campeão mundial de futebol nos Estados Unidos, uma banda começava a se tornar conhecida nacionalmente e um de seus primeiros sucesso "Candidato Caô Caô",de uma forma irônica já mostrava a cara de "O Rappa" combinando música com crítica social. Um clássico, mais atual que nunca.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Einstein X Deus



Confesso que nunca estudei a fundo a história de Albert Einstein, apenas sabia que, além de alemão, era considerado um dos maiores gênios da história da humanidade e que era o pai da teoria da relatividade (e=mc2). Também a ele era atribuída uma das frases que mais recebia em resposta quando manifestava minha falta de opção religiosa, diziam que Einstein, um dos baluartes da ciência, uma vez disse: "quanto mais conheço o universo, mais acredito na existência de um ser superior".  Hoje, após a divulgação de carta escrita a mão por Einstein que deixa claro seu entendimento, naquele período da sua vida, sobre a religião, a existência de um ser superior e sobre o judaísmo, torna-se ainda mais difícil entender qual o conceito deste gênio sobre o tema.
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Esta carta, datada de 1954 e endereçada ao filósofo Eric Gutkind, traz uma visão pessoal e informal de Einstein sobre este delicado assunto. O cientista desconsidera as práticas religiosas, mesmo a religião judaica, do povo ao qual pertencia, não foi poupada: "A religião judaica, como todas as outras religiões, é uma encarnação das superstições mais infantis". Num tom ácido ainda diz que os judeus não possuem nenhuma diferença dos outros povos, sendo que a única razão de estarem protegidos dos piores cânceres da humanidade é porque "lhes faltaria poder".
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Sobre Deus os comentários mais contundentes, como: "a palavra Deus é para mim nada mais do que expressão e produto da fraqueza humana". A Bíblia é definida como "uma coleção de lendas honoráveis, ainda que primitivas". A confirmação da autenticidade deste documento derruba todas as afirmações, principalmente católicas, de que Einstein defendia a existência de um ser superior.
...
Como todo gênio Einstein possuía suas contradições, tanto que atribui-se a ele um embate, ainda quando criança, com um professor no qual, através de explicações ligadas a física, derrubava os argumentos do mestre que buscava comprovar que Deus era mal. Verdade ou não é possível que o menino Albert tenha, através do estudo prolongado, revisto seus conceitos ao longo da vida e alterado sua visão sobre o tema. Talvez ainda, no leito de sua morte, o cientista tenha vivido uma experiência que derrubou as impressões inscritas na carta enviada a Gutkind nos longíquos anos cinquenta. Quem saberá?
...
A verdade é que no fim das contas o que vale é a sua impressão individual sobre a vida e sobre a fé. A liberdade de escolha de sua vertente ideológica é um dos princípios de qualquer sociedade livre, assim como o respeito a visão contrária. Para aqueles de defendem a religiosidade os ouvidos estarão voltados para o pequeno Albert que um dia desafiou seu professor, para os ateus a leitura desta carta trará mais um pouco de certeza que o seu pensamento bate com uma das mentes mais brilhantes da história humana. Existe um Albert Einstein para cada tipo de pensamento, depende de você qual prefere enxergar.   

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sabido




Se quiser ter uma vida plena, prenda-a a um objetivo, não às pessoas nem às coisas...
 
Albert Einstein

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

The Beach


Take me to the beach....

Mais uma do Barão


A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

Barão de Itararé

Conhecendo a Lei de Responsabilidade Fiscal

A LRF foi um avanço para a gestão brasileira, basicamente impediu loucuras e conteve desmandos governamentais, podendo ser considerada uma das ferramentas responsáveis pela atual situação econômica brasileira de estabilidade fiscal, e consequentemente, um dos pilares do sucesso do Plano Real . É de elevada importância que todos os cidadãos a conheçam pois, direta ou indiretamente, ela influencia nas nossas vidas.
...
Criada como Lei Complementar no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ela estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, sendo exigido seu cumprimento em âmbito municipal, estadual e federal. Entre muitas normatizações e regulamentações que a compõe destaco duas que considero das mais importantes e julgo imprescindíveis para a ciência da população:
 
1)O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária: ou seja, nenhum ente público poderá gastar mais do que arrecada dentro de um exercício fiscal. Lógico não? Nem tanto, até que a lei fosse definitivamente colocada em prática era comum que municípios se endividassem em níveis estaduais, o famoso: já peguei quebrado, agora... Quem pagava essa conta era a população, na verdade ainda paga, pois boa parte dos empréstimos contraídos naquelas épocas permanecem como dívidas que estão sendo pagas até hoje. Algumas dessas dívidas são literalmente impagáveis, os gestores atuais pagam apenas os juros e mesmo assim comprometem parte importante de seus orçamentos que poderiam ser direcionados para investimentos em saúde, educação e segurança. Este item arrumou a bagunça e fez com que os gestores planejassem de forma mais criteriosa seus orçamentos, grandes ou pequenos desvios de rota orçamentária devem ser procedidos de correções que balanceiem a diferença entre planejado e realizado. Hoje é praticamente impossível pensar num país competitivo sem o auxílio deste controle.
 
2)Limites de gastos com despesa de pessoal: A LRF conceitua despesa total com pessoal o somatório dos gastos dos entes governamentais  com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. Ela estabelece limites (sim, antigamente o céu era o limite), a saber (em % da receita corrente líquida):
UNIÃO: 50% (Legislativo 2,5%, Judiciário 6%, Executivo 40,9% e Ministério Público da União 0,6%)
ESTADOS: 60% (Legislativo 3%, Judiciário 6%, Executivo 49% e Ministério Público Estadual 2%)
MUNICÍPIOS: 60% (Legislativo 6% e Executivo 54%)
...
É entendível, portanto, que em anos nos quais a arrecadação dos entes não sejam satisfatórias os municípios, estados e união se encontram em situação complicada para garantir aumentos consideráveis para seus servidores. Mais fácil ainda é compreender que aumentos lineares de salários  (para todos os servidores), principalmente em classes com grande efetivo, criam uma bolha que pode comprometer a meta da LRF. No caso dos Estados, por exemplo, gastanto 60% do seu orçamento com folha de pessoal, investindo o mínimo constitucional de 25% em educação e 12% em saúde sobram apenas 3% do orçamento para investimento, pagamento de dívidas e custeio das demais estruturas estaduais. Trocando em míudos: o estado que se aproxima do limite com gasto de pessoal inviabiliza sua capacidade de investimento, portanto não se desenvolve e compromete sua capacidade futura de pagar melhores salários para seus servidores. É uma roda viva.
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Infelizmente pactuar ações de comprometimento com classes sindicalizadas é quase impossível, as greves, cada vez mais abusadas e prejudiciais aos cidadãos, criam uma armadilha para os governantes difícil de ser desarmada. Os servidores públicos, em sua minoria é verdade, não compreendem que o sucesso fiscal do seu Estado lhe trará benefícios pessoais, não se sentem parte do processo e tampouco preocupam-se com o resultado coletivo. É perceptível que os servidores que mais tem dificuldade de diferenciar zelo de posse, são os primeiros a reinvidicar melhores salários, repassando ao estado o custo da incompetência pessoal de gerenciar suas próprias finanças. Muito difícil verificar negociações com classes de servidores públicos nas quais são pactuadas metas ou ainda pautadas em índices como a arrecadação tributária no período. O discurso, infelizmente, é quase sempre o mesmo: quero mais sem dar nada mais em troca.
...  
Me surpreenderia muito, e positivamente, conhecer alguma negociação com sindicatos de servidores públicos pautada em contrapartidas como diminuição de custeio (cafézinhos, papéis, contas elétricas e de água, etc...). O jogo ainda está longe disso e a população assiste a tudo vítima de "servidores públicos" que primeiramente visam o benefício privado.  

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Com todos

Com todos os problemas que temos, prefiro o Brasil:

Pela pobreza, não só financeira, mas de espírito
Pela falsa idéia de miscigenação, disfarçando o preconceito
Pela desigualdade, que nunca será resolvida
Pela crença que o sucesso é negativo
Pelo senso comum que todos são ruins, até que se prove o contrário
Pelo futebol que nos faz esquecer dos reais problemas
Pela corrupção herdada dos primórdios dessa nação.
...
É Brasil, poderia ser pior, poderíamos assassinar nossos semelhantes por causa de um filme...

Certo e errado


Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz.   
Fernando Anitelli

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Rap Nacional

Após D2 e Black Alien, surge uma grata surpresa no rap nacional. Criolo, com Subirusdoistiozin. Enjoy it!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

 
Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.
George Orwell

Revolução dos Bichos

No longíquo ano de 1945, portanto 67 primaveras atrás, o escritor inglês George Orwell publicou o romance alegórico "A Revolução dos Bichos" em meio a tentativa soviética de pintar o paraíso comunista, no qual todos viveriam em comunidade, dividindo irmamente os bens materiais e desfrutando de uma sociedade igualitária.
Esta sátira, premiada pela revista Times como um dos cem melhores romances escritos em língua inglesa de todos os tempos, utiliza uma simbólica comunidade de animais para representar as fraquezas humanas e demonstrar a partir destas constatações o porque da utópica comunidade comunista não se reproduzir na vida real como arquitetada na teoria.
...
Num país carnavalesco ao sul do Equador no século 21, a promessa de uma sociedade igualitária, com distribuição de renda e erradicação da fome esbarra em situações bastantes semelhantes as descritas por Orwell em 1945 e atualmente julgadas por sua suprema corte.
...
Compartilho abaixo, na íntegra, a versão dublada do filme dirigido por John Stephenson e lançado em 1999 que reproduz de forma bastante fidedigna a narrativa contida neste histórico livro.    

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Algo incrível

 
Nunca tive o sonho de ser milionário, não me entendam mal, sonho com um futuro bacana no qual terei a capacidade de prover aos meus filhos uma boa educação, uma casa confortável e algum lazer. Lanchas, mansões, jantares em Paris? Não. Meu grande barato sempre foi deixar um legado, uma história, uma grande feito, realizar algo incrível.
...
Lembro do comercial do whisky Johnnie Walker que versa sobre imortalidade e como aquela singela lição ilustra exatamente meu real objetivo de vida. Não quero viver mil anos, quero que ao menos um feito que eu execute em vida perdure, que influencie positivamente a vida das pessoas, que faça com que meus parentes tenham orgulho da minha jornada e que me possibilite, no momento do meu descanso final, adormecer realizado por ter tornado essa passagem útil para os outros. Isso, ao meu ver, é se tornar imortal.
...
O herói real não veste capa, não voa e não possuí poderes sobre-humanos. Ele pode estar ao seu lado, discreto, realizando coisas incríveis todos os dias. Que tal integrar a, verdadeira, Liga da Justiça?  
 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Moonwalker

 
"Eu realmente esperava que, ao fim deste século, nós teríamos alcançado substancialmente mais do que de fato alcançamos."
Neil Armstrong (1930-2012)

Magia musical

Lhes apresento, caso ainda não a conheçam, a banda Teatro Mágico. Além do visual diferenciado e da inclusão de apresentações circenses em seus shows e clips, esta banda também tem a minha consideração por disponibilizar todas as suas músicas de graça pela internet. Teatro Mágico com Nosso Pequeno Castelo. 
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Momento

Bela canção, clipe criativo, perfeita para o momento. Gotye com Somebody That I Usted to Know.

Vinte e oito

Não posso disfarçar, não quero te machucar
Preferi dividir, como sempre fizesse comigo
Lembro dos teus, raros, sorrisos
As gentilezas, os carinhos

Tudo tão rápido, num momento tão complicado
Não pense que não pensei em você
Como explicar? Como compreender?
Respeito também é posicionar

Talvez esteja fadado ao fracasso
Será que a vida a dois não me cabe?
Talvez não suporte, talvez volte
E agora o que pensar?

As fotos, os lugares, as pessoas
Juntos e agora um de cada lado
Não tente me compreender
Parei de tentar aos vinte e oito
 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A saúde dos prefeitos


É fácil falar quando repórteres de capacidade técnica questionável produzem matérias popularescas faltando com a verdade e buscando única e exclusivamente emplacar uma chamada sensacionalista na mídia popular. Difícil é elogiar grandes peças de reportagem que além de cobrar conseguem explicar de forma entendível para a população sobre assuntos que influem diretamente em sua vida.
Utilizo este espaço para parabenizar a repórter Sônia Campos e a sua equipe pela produção da matéria que disponibilizo abaixo, a qual trata sobre as responsabilidades dos prefeitos em relação a área da saúde. Matéria bem produzida, explicativa, bem ilustrada e sem julgamentos prévios. Tive o prazer de participar da formatação desta peça e inclusive prestar meu depoimento sobre os benefícios da adesão à Gestão Plena do SUS por parte dos municípios em prol de seus habitantes.
Cabe ao eleitor analisar as propostas de seus candidatos e escolher aquele que tem em mãos projetos realizáveis e que entendam que grandes posições demandam grande senso de responsabilidade.

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/jornal-do-almoco/videos/t/edicoes/v/confira-quais-as-responsabilidades-de-um-prefeito-na-area-da-saude/2090396/
  

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sempre


Você nunca terá uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão.
Jan Carlson

Epidemia de greves


Matéria da Revista EXAME desta quinzena diz tudo: "Quanto mais eles têm, mais eles querem". Versa sobre a atual onda incontrolável de greves do funcionalismo público que assola o país. Ao contrário dos argumentos que utilizam para justificar seus braços cruzados, os servidores, principalmente os federais, possuem alguns dos empregos mais cobiçados no mercado: muitas vantagens, pouco compromisso.
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Nada de meritocracia, passou na prova está no cintilante mundo dos intocáveis. Assim pensa uma grande parcela das cabeças por trás das greves no funcionalismo público, esquecem que o papel de servidor é servir, colocam seus interesses privados em primeirissímo lugar e não medem atitudes, mesmo que socialmente condenáveis, para alcançar seu intento (normalmente maiores vencimentos, vantagens, menor horário, etc...).
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Penso que os sindicatos devem se reinventar. Dificilmente se conhece um sindicato que não tenha apoio jurídico, mas conta-se nos dedos os que possuem o apoio de um economista em sua equipe. Como negociar com o governo, que está exposto a fatores econômicos internacionais, sem ao menos buscar entender como se constrói um orçamento, ter ciência sobre análise de cenários de impactos financeiros futuros e entender o perigo de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal?
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Teria muito mais respeito pelos movimentos grevistas se estes seguissem líderes que baseiam suas reinvidicações em argumentos plausíveis e bem estruturados contemplando aspectos jurídicos, financeiros e sociais. Índices de melhoria na qualidade dos serviços poderiam ser utilizados como forma de negociação: "faremos mais com maior investimento", "hoje estamos assim, nos comprometemos a atingir este nível sob pena de diminuição de salários" ou ainda "diminuiremos custeio e em troca receberemos uma porcentagem desse resultado."
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Infelizmente esse é um sonho longíquo, talvez um dia avancemos nessa direção. Atualmente, no entanto,  o que temos é um amontoado de fardos humanos, lentos, improdutivos e descompromissados pensando muito mais no próprio umbigo e no seu bolso que num futuro não tão distante no qual seus filhos e seus netos trabalharão três vezes mais para carregar nas costas esse peso que está sendo jogado em seus braços sem ao menos poderem participar ativamente desta decisão. Será que os exemplos atualíssimos da França, Espanha, Grécia e Portugal não nos ensinaram nada?       

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Novo humor livre

Da junção de figuraças da nova comédia brasileira como Fábio Porchat, Antônio Tabet (kibeloco) e Marcos Veras surgiu o "programa" Porta dos Fundos. Somente transmitido pela Internet, até este momento, mostra tudo que os roteiristas de comédia que trabalham na televisão gostariam de exibir mas não podem. Humor livre, novo e, o mais importante, engraçado de verdade! Enjoy it!

 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Saúde?


 “Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.”
Jiddu Krishnamurt

Conveniente

Descobri o som do Kings of Convenience há pouquíssimo tempo, apesar de já conhecer a música Misread sem ter ciência da autoria. É um estilo musical tranquilo, com composição sonora despretensiosa,violões e voz sem bateria. Simples, mas sofisticado. Compartilho a canção que não tem saído facilmente da minha cabeça. Kings of Convenience com Boat Behind.

O peso da caneta


Este texto não falará sobre normativas do Inmetro, nem tampouco fará menção a marcas famosas desse material de escritório. O peso da caneta, neste caso, está ligado ao poder e como ele pode ser atuante ou anulativo dependendo da mão que a dirige. São despachos, contra-despachos e a capacidade de eleger quem carregará a caneta que irá representá-lo.
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Quando pequenos o poder da caneta começa a ser percebido em brincadeiras infantis, quem a tem em mãos pode desenhar tudo que quiser em um papel em branco, o que define quem fica com a caneta na mão nessa época já é o poder, mas nesse caso o poder físico. O menino maior ou a menina mais astuta dominam o grupo, brincam a hora que querem com o brinquedo que desejam.
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Na vida adulta, guardadas suas devidas proporções, a caneta e seu poder voltam a aparecer, mas desta vez o poderio físico talvez não influencia tanto, pesam mais o poder financeiro, o conhecimento técnico e a influência política. Não é raro que em ocasiões onde ocorre promoção pública de um indivíduo ele seja agraciado com uma caneta, trata-se de uma demonstração que a partir daquele momento sua caneta começa a ter um peso maior, que a sua caneta começará a influenciar a vida de mais pessoas e que a sua caneta poderá anular outras canetas.
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Vamos a um exemplo prático, talvez mais perceptível na iniciativa pública que na privada, mas ainda assim comum a ambas. Um encarregado de almoxarifado ao perceber que um certo produto está para findar, quase que automaticamente aciona seu sistema, realiza a inserção de um pedido de compra, imprime e assina as duas vias. Arquiva sua via para arquivo e repassa o pedido ao chefe da seção. O chefe analisa e assina em baixo, este documento já tem peso 2. Ao ser encaminhado para o gerente o documento breca um pouco de velocidade, ele liga, questiona, ouve os argumento e depois assina também. Com peso 3 o documento segue para o diretor, ele então aciona o financeiro que apresenta prós e contras (talvez mais contras que prós) neste momento o diretor, com um peso na caneta maior que seus antecessores, apenas assinala "indeferido" e acaba por ali com o processo. Ao receber a notificação de volta ao setor de origem o encarregado apenas resmunga: 'quem pode manda, obedece quem tem juízo'. Deposita o documento na gaveta e abre a caixa do material similar, sabe que a partir dali este será, mesmo que sem a sua concordância, o material titular.
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A caneta pode ter seu peso compartilhado, como em abaixo-assinados, ganhando peso no volume e sendo capaz de superar canetas poderosas. Canetas podem fazer estragos muito maiores que armas, que drogas ou os dois itens somados, na verdade as canetas podem resolver os grandes problemas do mundo se atuarem de forma integrada, com pensamento conjuto, livre de preconceitos e orgulhos. Por essa razão nas próximas eleições utilize o seu poder de forma consciente, através do voto você dará poder a caneta que irá atuar em conjunto ou anular outras canetas por você.

sexta-feira, 27 de julho de 2012


"Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar."
Nelson Rodrigues

Rainhas da Idade da Pedra

Dois violões, um baixo e voz. Nada mais. As "rainhas da idade da pedra" com a psicodélica "No one know".

Carentes, mas não humildes

Predicados diferentes, talvez normalmente relacionados, mas muito longe de serem sinônimos.
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Já conheci, convivi com e me relacionei com pessoas reconhecidamente carentes. Por definição conceitual aquele que tem carência, necessitado. Me refiro aqui aqueles com carência financeira, cujos ganhos mensais dificilmente cumprem o papel de atender as necessidades minímas de um ser humano digno (moradia, saúde, alimentação, lazer, etc...). Carentes ou pobres são aqueles que por falta de oportunidades na vida ou por incapacidade de almejar vôos profissionais mais ousados, acabam servindo a comunidade de forma marginal, em préstimos de baixa especialidade. Todos os cidadãos que se encontram nessa faixa são carentes, mas será que também são humildes?
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Não. Aliás muitas pessoas carentes não tem uma gota de humildade em seu balde servido de soberba. Incrível não? Mas sim, ocorre a sua volta diariamente e o faz pensar por alguns momentos que todos merecem o destino que tem pela personalidade que imprimem através de seus atos. Reconheço em apenas algumas palavras proferidas um carente, não humilde. Este tipo, não tão raro assim de ser humano, sempre tenta colocar a culpa pela sua desgraça em terceiros, quando pode utiliza da sua situação para justificar atos que a justiça dificilmente aprovaria e tem como maior desejo de consumo uma sorte grande para, sem o esforço necessário, obter conforto e finalmente alcançar o patamar social que sempre gargalhou mas que nunca foi capaz, por suas próprias forças, de obter.
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O contrário também pode acontecer. Milionários, humildes e, ainda por cima, beneficentes. Não só dividem o seu sucesso com terceiros,  mas se utilizam da sua situação para criar formas de transformar a sociedade que lhes rodeiam mais felizes e, dificilmente, acreditam que uma jogada de sorte lhes trarão felicidade plena. Eles acreditam em esforço, em foco e por essa razão sabem que suas vidas somente serão planamente felizes se os seres humanos a sua volta também puderem atingir seus patamares de condição humana. Raros? Com certeza. Inexistentes? Não. 
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Admiro pessoas humildes, tenham elas os bolsos cheios ou vazios de dinheiro. Minha admiração está ligada a atitudes e nunca será encontrada à venda.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Persisitindo


A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.

Confúcio

O verdadeiro funk

Faltou mais um


Fonte: wwe.kibeloco.com.br
Já gostava do Pedro Cardoso pelos personagens que interpreta e também pela forma discreta com que leva a sua vida longe dos holofotes, depois da declaração acima, realizada durante um desabafo num debate ocorrido no programa "Na Moral" comandado por Pedro Bial, passei a considerá-lo ainda mais também pela coragem de atacar sua própria empregadora. Porém o ator esqueceu de mencionar que além do capitalista que banca a indústria dos paparazzi, outro integrante da discussão foi "esquecido": um representante do povo. Sim o povo que compra este tipo de produto, o povo que indiretamente constrói a pauta dos programas sensacionalistas no horário do almoço e o desfile de bundas nos almoços de domingo.  
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Colocar a culpa nos meios de comunicação pela supervalorização de notícias banais é muito fácil, seria a mesma coisa culpar o McDonald´s por vender hamburgueres que tornam uma parcela cada vez maior de crianças obesas pelo mundo afora, isso não é justo. O povo consume isso porque quer assim como cada país tem o governante que merece, pois na média somos imbecis e ignorantes. Com investimento crescente em educação teremos um povo mais seletivo, crítico e, com certeza, participativo. Talvez assim as mídias de massa passem a repensar seu produto e em escala teremos meios de comunicação que contribuam para a educação do povo e não insultem sua inteligência como ocorre hoje em dia.
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Isso é um processo lento, talvez ainda veremos décadas se passarem para chegarmos lá. Portanto ao invés de culpar as redes de televisão pelas pautas sensacionalistas e pelo conteúdo de baixa qualidade que transmitem, seja mais esperto e comece a revolução por si próprio: desligue a televisão.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

90's

Que rufem os tambores


O tambor faz muito barulho mas é vazio por dentro.
Barão de Itararé

Burrocracia


O termo burocracia é oriundo da junção do termo francês bureau e do termo grego krátos, o primeiro ligado as escrivaninhas típicas das repartições públicas e o segundo significando poder, ou seja, por burocracia entende-se o poder das escrivaninhas. Isto posto entende-se porque o termo é usualmente utilizado de forma negativa, referindo-se quase que imediatamente a demora, papéis, obstáculos, etc...
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Verdade seja dita as repartições públicas, lotadas de servidores públicos amparados por uma estabilidade (sobre a qual já escrevi há algum tempo) e carentes de capacitação contínua, são o templo maior e símbolo deste tipo de organização de poder. O papelório e o carimbório imperam e muitas vezes sem sentido algum, novas escrivaninhas que são incluidas ao processo visando maior "controle e supervisão" apenas atrasam as resoluções e criam nichos de corrupção.
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Entretanto a burocracia também existe na administração privada, seja para a abertura de novos empreendimentos ou ainda também justificada pelo crescimento da coorporação, o dono tem que estar ciente de tudo. Alguns levam a ferro e fogo o ditado popular que dizia que "o boi só engorda sob o olhar do dono", por isso burocratizam suas empresas e acabam por matá-la em tempos nos quais a rapidez de resposta aos consumidores pode ser entendido como um dos principais fatores de vantagem competitiva.
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Não prego aqui a anarquia institucional, prefiro pensar em fluxos compreensíveis para todos os seus colaboradores, alternância de poder, intercâmbio de setores e prêmios por propostas desburocratizantes como formas de colaborar com a democratização da informação organizacional, ganho de eficiência e, por consequência, melhores resultados financeiros. Far-se-á mais, com menos.
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Enquanto gestores criarem mais barreiras para mascarar sua deficiência de fiscalização, liderança e coragem, tanto na administração pública como na privada continuaremos nos assombrando com o fantasma da má burocracia, a burrocracia.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vamos virar o jogo

Se vencemos, a vitória é de todos, se fracassamos, apenas nós somos culpados. A vida pública é assim, por mais cruel que isso possa parecer, no julgamento popular você é menos humano, não pode errar e, caso o faça, será sumariamente condenado. Você pode e não fez, teve a chance e não aproveitou. Não há tempo para planejar, o resultado é agora, o imediatismo, parte da cultura brasileira, impede que criemos projetos duradouros e baseados em um pensamento mais profundo que o costumaz "farinha pouca, meu pirão primeiro...".
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Está difícil, as forças contrárias e as emoções negativas estão se proliferando. Precisando encontrar culpados, não se analisa histórico, se quer justiça, mesmo que meio enviesada. Talvez somos as pessoas erradas no local certo, talvez vice-versa. Não há como negar a enorme influência dos que detem a voz de grande amplitude, já disse e repito: o quarto poder não é eleito, mas que nos governar. Talvez a população queira assim, quem sabe é mais cômodo deixar que outros pensem por nós, "para que triturar dados se posso ter a informação mastigada?".
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O mais fácil seria abandonar, sair sem olhar para trás e se iludir pensando que não merecem nosso empenho e o nosso trabalho. Talvez, mas o mais fácil nunca nos motivou, vamos em frente, mais fortes e prontos para virar o jogo.    

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Valor Lincolniano


"O homem que trabalha somente pelo que recebe, não merece ser pago pelo que faz."
Abraham Lincoln

Ela se move do seu jeito...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Da Série: "Manchetes Históricas": Vacinação

Rio de Janeiro, Brasil, 1904


"Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados às pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz" (Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904).
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Santa Catarina, Brasil, 2012

"Quem passou pelo centro de Blumenau, em Santa Catarina, na manhã desta quinta-feira, pôde perceber uma diferença em alguns monumentos da cidade: máscaras descartáveis e cartazes com a inscrição '#VacinaParaTodos' foram colocados em oito estátuas. O objetivo do ato é chamar a atenção das autoridades para que a cidade receba novos lotes da vacina contra o vírus da gripe Influenza A (H1N1)." (Site Terra, 14 de Junho de 2012).
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Noventa e oito anos depois muito mudou na percepção da população em relação aos cuidados com a saúde. O que em 1904 se tratava de um atentado aos direitos constituidos do cidadão, um "estupro", motivo da Revolta da Vacina que gerou um enorme caos na ruas bucólicas da então capital federal, hoje é entendido como uma falta de atenção das autoridades. A população clama por vacinas, como se a injeção, e tão somente, resolvesse o problema.
É inegável que as estruturas sanitárias em boa parte do país melhoraram bastante, e mesmo que ainda longe do ideal, proporcionam a população uma exposição bem menor as doenças que eram facilmente percebidas na primeira década do século passado.
Entende-se também que neste período a população passou a compreender um pouco melhor o conceito de prevenção, muito mais ligado a atitudes que a tratamentos medicamentosos de qualquer sorte. Na verdade as políticas de prevenção para grandes populações focam estas duas ações em conjunto, pois sem higiene e atitudes preventivas individuais a população dificilmente ficará imune mesmo com alta distribuição de vacinas.
As revoltas percebidas em relação a este assunto são atemporais, a transformação foi certamente benéfica, mas ainda estamos longe de possuir uma população com formação miníma em prevenção em saúde.    
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Na dúvida consulte o especialista:

Constelações


"Constellations"
The light was leaving
In the west it was blue
The children's laughter sang
And skipping just like the stones they threw
Their voices echoed across the way
It's getting late

It was just another night
With a sunset
And a moonrise not so far behind
To give us just enough light
To lay down underneath the stars
Listen to papa's translations
Of the stories across the sky
We drew our own constellations

The west winds often last too long
The wind may calm down
Nothing ever feels the same
Sheltered under the Kamani tree
Waiting for the passing rain
Clouds keep moving to uncover the scene
Stars above us chasing the day away
To find the stories that we sometimes need
Listen close enough
All else fades, fades away

It was just another night
With a sunset
And a moonrise not so far behind
To give us just enough light
To lay down underneath the stars
Listen to all the translations
Of the stories across the sky
We drew our own constellations

Cega...e surda!

"Quando é que vão ensinar a justiça a ler em braile?"
Eno Teodoro Wanke

terça-feira, 12 de junho de 2012

Hospital Florianópolis



"E a Vida Segue
Até quando o Hospital Florianópolis continuará em obras? Já se passaram quatro anos e várias datas de reinauguração foram transferidas. "
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Resposta encaminhada para o colunista do Notícias do Dia, Paulo Alceu, após a publicação nesta terça-feira, 12/06/2012, da nota acima:

Caro Paulo Alceu,

Como atual Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Saúde e encarregado em articular as ações necessárias para a conclusão das obras de reforma do Hospital Florianópolis, em resposta a inquietação publicada na sua coluna nesta terça-feira, sinto-me no dever de trazer algumas informações que julgo importantes para vossa ciência, e de seus leitores, acerca do histórico e do atual panorama de andamento desta importante obra.

Primeiramente é necessário informar que as obras neste hospital iniciaram em 2009 com objetivo de reforma, inicialmente, apenas da Emergência Geral e do Serviço de Nutrição de Dietética do hospital. Tais empreitadas visavam adequação destas duas importantes áreas as normas vigentes da ANVISA e também modernização de layout e tecnologia. Ambas foram finalizadas no ano de 2010 e atualmente estão inativas aguardando a finalização da segunda etapa das obras daquele hospital.

A segunda etapa das obras, planejada para execução com a primeira etapa em andamento, que teve início em 2010, consiste na reforma completa do segundo e terceiros andares da instituição, pavimentos que abrigam as alas de internação (incluindo UTI), centro cirúrgico e centro de material esterilizado do hospital. Também inclusa nesta segunda etapa está a construção de um pavimento técnico – quarto andar - e ampliação da capacidade da Central de Utilidades (gases, vácuo, oxigênio, etc...) preparando o hospital para uma possível ampliação futura com ganho de leitos e oferta de novos serviços. Esta etapa necessitou de diversas alterações nos projetos de execução (hidráulica, elétrica, climatização e ANVISA), muito devido a precariedade encontrada nestes itens naquela estrutura já bastante desgastada pelo tempo e pela falta de manutenção periódica. Atualmente, com todos os projetos aprovados nos órgãos cabíveis, estamos trabalhando com previsão de entrega para o último trimestre do presente exercício e os esforços estão concentrados nos acabamentos do segundo andar, preparação para instalação de equipamentos no terceiro andar e finalização da colocação de pastilhas na fachada do hospital.

Destaco como os maiores ganhos desta obra, além da modernização dos ambientes, equipamentos, layouts e adequação total as normas da ANVISA, os cinco leitos de UTI a mais à disposição da população e também a instalação do sistema de estativas (braços robotizados de apoio aos procedimentos médicos) na UTI, centro cirúrgico e recuperação pós-anestésica, sendo o Hospital Florianópolis o primeiro da rede hospitalar estadual a contar com esta tecnologia.

Alguns fatores foram decisivos para o alargamento dos prazos de conclusão estimados até agora, destaco, com muita propriedade por acompanhar pessoalmente os processos que cercam essa empreitada, a enorme burocracia que enfrentamos para a conclusão de uma obra deste quilate. É chover no molhado reforçar que uma obra hospitalar é muito mais complexa que a construção de edifício residencial, um shopping ou uma ponte, pois envolve uma gama de instalações somente percebidas nestas estruturas. Além disso, e especificamente no caso do Florianópolis, foi necessário adequar um hospital da década de 50 ao atual padrão de estrutura física recomendada pela ANVISA, um desafio e tanto. As dificuldades já elencadas recebem reforço a partir dos obstáculos legais já conhecidos, como processos licitatórios impugnados ou seguidos de recursos, por exemplo, que atrasam a aquisição de equipamentos gerando, por consequência, o impedimento da abertura de novas frentes de trabalho que necessitam da instalação destes para sua continuidade.

Visando dar transparência ao andamento das obras, o Secretário Dalmo de Oliveira, instituiu uma comissão formada por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde e membros da comunidade do Estreito que mensalmente visitam as obras do hospital. Nestas visitas são repassadas as informações necessárias para que estes representantes possam, tendo ciência sobre tudo que envolve uma obra hospitalar, acompanhar de forma integral os trabalhos e entender o porquê da velocidade impressa na conclusão desta reforma hospitalar.

O que sempre reforçamos é o pedido de paciência por parte da população, pois a perfeita conclusão da obra aqui discutida é vital para o bom funcionamento dos serviços e para a melhoria da qualidade da atenção à saúde da população que acessa aquela unidade hospitalar. Trata-se de uma grande responsabilidade entregar um aparelho tão importante para nossos pacientes, portanto nos preocupam sim os prazos extrapolados, mas nos preocupa muito mais disponibilizar um hospital funcional, moderno e preparado para os usuários do Sistema Único de Saúde.

Espero ter ajudado e me coloco à disposição para maiores esclarecimentos.

Att.,
Fernando Wisintainer Luz
Chefe de Gabinete
Secretaria de Estado da Saúde